Bem, essa reportagem saiu no jornal Diário do Nordeste de 28 de abril de 2008.
Na Capital, existem buracos abertos há mais de um ano. A Prefeitura promete providências, sem datas definidas
Os buracos nas ruas e avenidas são um problema comum e de longa data, tanto nas periferias como no Centro de Fortaleza. Além de atrapalhar o trânsito, essa falha estrutural, em tempos de chuva, pode até virar foco de proliferação do mosquito da dengue. A Prefeitura Municipal alega que a época chuvosa atrasa o calendário das obras de recuperação da manta asfáltica da cidade.
No Centro de Fortaleza, uma cratera, que toma uma faixa toda da Rua Antônio Pompeu, vêm sendo alvo constante de reclamações por parte da população. Localizada quase na frente do Instituto Doutor José Frota, entre as ruas Senador Pompeu e General Sampaio, a cratera existe há mais de quatro semanas e é inevitável cair nela para poder passar com os veículos. Até as motocicletas têm dificuldades.
“Não sei como não acontece um acidente aqui. Os carros têm que parar e passar um de cada vez e, no horário de pico, os ônibus desviam. Eu acho um desrespeito a Prefeitura não ajeitar um buraco deste tamanho numa rua tão importante. O pior é que não é apenas aqui. Nós que trabalhamos no trânsito, sofremos muito porque a cidade está toda esburacada. Essa é a Fortaleza Bela?”, reclamou o motorista Osvaldo Vieira Camelo.
A Rua Antônio Pompeu é um dos principais acessos da Aldeota ao Centro da cidade. Nela, além dos carros e motos, trafegam duas linhas de ônibus: Conjunto Ceará Aldeota e Antônio Bezerra Náutico.
De acordo com a assessoria de imprensa da SER II, responsável pelo Centro, a obra para tapar o buraco e recuperar o asfalto do local já está incluída na programação das ações da empresa que venceu a licitação para refazer a manta asfáltica da Regional. Porém, ainda não há prazo para o início da obra.
Na Rua Alberto de Oliveira, no Bairro Álvaro Weyne, na área da Secretaria Executiva Regional (SER) I, outra cratera vem atrapalhando o tráfego de veículos e incomodando os moradores do bairro. A população reclama do descaso do poder público, pois o buraco está aberto há quase um ano.
A dimensão da cratera pode ser descrita com as exclamações dos moradores da rua: “Cabe até um caminhão dentro desse buraco”. O buraco começou como uma rachadura no asfalto, mas, com o passar do tempo e das chuvas, aumentou bastante. A dona de casa Maria Lúcia Barbosa, de 53 anos, conta que, quando chove, a rua fica alagada e o nível da água sobe cerca de um metro.
“Faz mais de um ano que está isso aí e a Prefeitura ainda não ajeitou”, afirma a moradora. No local, há bastante lixo e água acumulada. A população teme, inclusive, que com o acúmulo da água das chuvas, o buraco se torne um foco do mosquito da dengue.
Para transitar pela rua Alberto de Oliveira, os veículos precisam desviar da cratera, passando próximo à calçada. De acordo com o chefe de infra-estrutura da SER I, Paulo Santos, ainda não há uma data prevista para início das obras no local. Paulo Santos afirma que “nada pode ser feito nesse período de chuvas pois a terra está molhada e pode haver desabamento”. Além disso, o chefe de infra-estrutura alerta que a população também precisa colaborar com o trabalho da administração pública, não jogando lixo nas ruas e não fechando as bocas de lobo.
* Até parece piada falar para o povo daqui não jogar lixo na rua. Infelizmente eles passam o dia inteiro fazendo isso.