4 de mai. de 2008

Algumas coisas nós só entendemos depois de algum tempo

Logo que chegamos em Fortaleza não entendemos várias coisas, nem mesmo o que eles falavam. Eles falam tão enrolados, com o som tão fechado e as vezes rápido, que não dá para entender nada do que dizem. Levamos 1 ano para nos acostumar com o modo de falar das pessoas daqui e começar a entender melhor o que diziam. Mas ainda hoje, algumas vezes, não entendemos algumas palavras.

Mas não é sobre isso que quero falar aqui. Fiz uma pequena lista de coisas que acontecem na cidade e que nós não entendíamos o porquê.

- muitos motoqueiros buzinam em todas as esquinas que passam. Nós achávamos aquilo tão estranho e até mal educado, mas depois de um tempo entendemos que o motivo para tanta buzina é que os carros não param nas esquinas e muitas vezes não param nem nos sinais. Os motoqueiros tem medo e buzinam, mesmo estando na preferencial, para avisar que estão passando;

- nas filas, as pessoas param quase grudadas na gente. É muito desconfortável. Eu sempre aprendi que devemos deixar um braço de distância da pessoa da frente, mas aqui eles grudam, é horrível. Mas depois de um tempo é possível entender o motivo: ninguém respeita fila! As pessoas tentam furar a fila o tempo todo, então se deixar um espaço entre você e a pessoa da frente, é bem possível que alguém vai se enfiar no meio, dizendo na maior cara de pau que não tinha vista que era uma fila... Eles chegam pelos lados, por qualquer lugar e sempre tentam entrar lá no início da fila;

- outra coisa que achávamos muito estranho são as pessoas caminhando nas ruas em vez de caminhar nas calçadas. Eu achava falta de educação, além de ser perigoso. Mas rápido se aprende o motivo: quase não existem calçadas por aqui. É, isso mesmo. Muitas calçadas são quebradas, outras estão cheias de carros estacionados, umas tem tantos buracos e sujeira que nem dá para passar, outras não existem porque os estabelecimentos comerciais constroem até a rua, e umas dão tantas voltas, sobem escada, descem escadas, para desviar do estacionamento que acaba sendo mais prático passar pela rua mesmo;

- existem muitas pessoas pedindo esmola. No começo eu ficava com pena, afinal são pessoas necessitadas, mas com o tempo a gente acaba entendendo que é necessário ignorar, não dar mais bola para isso porque tem uma pessoa pedindo em cada esquina. Pedir esmola em Fortaleza virou uma profissão, assim como os flanelinhas (oh gente irritante);

- depois de um tempo a gente também entende que é necessário falar devagar, muito devagar para que eles possam anotar as coisas. Não adianta falar, por exemplo, o endereço rápido porque eles não conseguem entender e anotar com agilidade, então você acaba repetindo umas 3 ou 4 vezes até que conseguem anotar. É melhor falar bem devagar, sílaba por sílaba. Mesma coisa acontece com o sabor da pizza que pedimos, até que conseguem anotar o apartamento, já esqueceram o sabor. Se pedir uma água sem gás, com gelo e laranja, nem preciso falar que vem tudo errado né. É muita informação de uma vez só. Tudo é muito devagar por aqui;

- outra coisa que se aprende é que sempre, mas sempre mesmo, que marcar um compromisso com alguém, pegue o telefone da pessoa. A chance de a pessoa não aparecer, ou ao menos chegar com algumas horas de atraso, é muito grande. Então se você tiver o telefone, pode ligar confirmando. Se não ligar, é bem provável que ficará o dia todo esperando a toa;

- é preciso aprender a pechinchar. Depois de algum tempinho se percebe que os preços para nativos e para “turistas” é diferenciado. Eu acho muito chato, na verdade uma falta de respeito, uma enganação, os vendedores de rua cobrar mais caro de quem tem cara de turista. O preço tem que ser o mesmo para todos, o preço verdadeiro. Mas eles cobram mais, e sempre. Então é necessário aprender a pechinchar, se consegue desconto em tudo;

- depois de um tempo a gente se conforma que independente de onde for morar, sempre terá uma "favela" por perto. Mesmo que more nos melhores bairros da cidade (Meireles e Aldeota), sempre terá umas casinhas muito simples, áreas invadidas, próximo. É tudo muito misturado, então não adianta ficar se mudando toda hora porque sempre terá construções feias por perto;

- enfim, depois de um tempo a gente percebe que por aqui ninguém tem respeito uns pelos outros, que o povo é totalmente individualista e cada um faz o que é melhor para si, sem se importar com as outras pessoas. Na verdade se aprende que Fortaleza é uma cidade sem leis, sem regras, cada um faz o que quer!

Esgoto e lixo

E eu acreditava que a praia do Futuro não era muito poluída...

Fotos: Daniel Roman
Autor: Marina Leitão
http://www.kitesurfmania.com.br/ksm/fotoreportagem/default.asp?id=789

E tudo isso já tem um destino certo...

...O nosso mar!!!

Praticamente um depósito de lixo de frente para a praia... ...tijolos, sacos plásticos, pedras, restos de comida.
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DESOLAÇÃO E BRINCADEIRA diante do inimigo: o esgoto a céu aberto, cena comum na periferia de Fortaleza (Foto: Fábio Lima)

Jornal Diário do Nordeste - 30/04/2006
Seis mil crianças morrem por dia no mundo
Luciano Luque/Suzete Nocrato - da Editoria Nacional/Editora de Cidade
Se você se admirou nesta série de reportagens que um bilhão de seres humanos passam fome no mundo; e que outros, 1,1 bilhão, não têm água potável, prepare-se: 2,742 bilhões de pessoas (1/3 da população mundial) não têm acesso ao saneamento ambiental (básico), segundo Relatório da ONU. Isto mata 6 mil crianças diariamente no mundo.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=333278
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Essas fotos e textos são do site O MARIANTE
http://omareante.uniblog.com.br/index.php?b=61365&d=m&d2=1180666800

As galerias de esgoto da Praia de Iracema em Fortaleza - CE, estão assim: recheadas de lixo. Imagina onde isso tudo vai parar quando a maré encher?
Por Paula Costa - Assessoria de Imprensa

Esgoto a céu aberto despejando dejetos na Praia de Iracema em Fortaleza - CE. Alguém se arrisca a tomar banho de mar?
Por Paula Costa - Assessoria de Imprensa

Mais flagrantes da poluição na praia de Iracema em Fortaleza - CE. Precisa dizer mais?
Por Paula Costa - Assessoria de Imprensa

As fotos comprovam: a praia de Iracema em Fortaleza - CE também é um mar de lixo. Eis o primeiro flagrante do ambientalista Adriano Artoni que este lá entre os dias 09 e 10 deste mês.
Por Paula Costa - Assessoria de Imprensa

Lixo nas calçadas e nas ruas

FORTALEZA PERDE EM BELEZA COM DETRITOS DEIXADOS PELA POPULAÇÃO EM RUAS E AVENIDAS DA CAPITAL CEARENSE

DIARIO DO NORDESTE(10/07/2007)
Qualquer um sabe precisar o que é rua ou avenida: vias públicas para circulação urbana, total ou parcialmente ladeada de edificações. Em Fortaleza, a definição vai mais além. Avenidas e ruas da Capital deveriam ser utilizadas, de forma democrática, por pedestres e motoristas. Mas isso está longe de acontecer. Muitas delas estão servindo de depósito para lixo, entulhos e dejetos diversos, tirando a beleza da cidade.
Basta circular pela Capital para conferir os “depósitos”. Crescem na área nobre da cidade ou na periferia, sem distinção. Um exemplo é a Avenida dos Flamboyantes, na Cidade 2000, no cruzamento com a Rua Andrade Furtado. Ali, junto a um terreno colocado à venda, lixo doméstico, entulho de construções e galhos de árvores ocupam o espaço que deveria ser para a passagem de pedestres. O “depósito” já invadiu a rua. O bueiro no cruzamento das vias está completamente tomado pelo lixo.
Para completar, junto à sujeira, o proprietário do Depósito 2000, Marcelo Araújo, resolveu utilizar o espaço para armazenar areia, pedras, barro e outros materiais de construção. Para circular, os pedestres têm que usar o asfalto. Araújo garante que tem autorização do dono do terreno para colocar o material próximo à cerca, já que não existe calçada ali. “O dono do terreno disse que posso usar o espaço enquanto ele não manda construir a calçada. Quando ele for fazer a construção, eu retiro o meu material”, assegura.
Ainda na Avenida Flamboyantes, outros dois pontos começam a despontar como depósitos de entulho e lixo. Um deles fica no cruzamento com a Travessa Maria Isabel.
Outro mau exemplo de utilização da via pública pode ser visto na Rua Jaguaretama, na Aldeota. No trecho junto ao Portão “C” do Ginásio Paulo Sarasate, um verdadeiro monumento à ferrugem ocupa o asfalto e também já serve como depósito de lixo doméstico: um Fusca branco, ano 1976, quase todo amassado, bancos imprestáveis e pneus furados. O proprietário do veículo, Gerardo Ribeiro, assegura que em breve retirará o Fusca da rua, levando o veículo para uma oficina, onde pretende recuperá-lo. Há mais de quatro anos, o veículo permanece estacionado ali, estando tomado pela ferrugem. “Já estou recuperando outro veículo, um Fusca 1969, na oficina. Quando receber, deixarei o Fusca 76 lá”, promete. O Fusca está estacionado em frente à casa da mãe do proprietário. Vizinhos que não querem se identificar para evitar atritos, dizem que o “monumento à ferrugem” enfeia a rua e está servindo como depósito de lixo doméstico.
Indagada sobre a sujeira na Avenida dos Flamboyantes, a Secretaria Executiva Regional (SER II) informou que o proprietário do Depósito 2000 já foi notificado, autuado e multado por uso irregular do espaço público. A reincidência na infração será devidamente apurada. Quanto ao lixo no lugar, a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) foi solicitada a providenciar a limpeza, inclusive do bueiro.
Sobre o veículo enferrujado na Rua Jaguaretama, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) comprometeu-se a enviar equipe ao local para verificar a situação do Fusca 1979. Não está descartada a hipótese de reboque do carro.
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/print.php?storyid=2914


LIXO NAS RUAS E FLAGRANTES DE DESRESPEITO COM A CIDADE

14/02/2008 00:29 Thiago Cafardo da Redação
Vários "depósitos" de lixo estão espalhados pelas vias de Fortaleza. A Prefeitura realiza a limpeza, mas os próprios moradores acabam despejando a sujeira em locais que deveriam servir para a passagem.
Catador é flagrado ao jogar sacos de lixo e entulhos na rua Major Weyne, no Jardim América(Foto: EVILÁZIO BEZERRA)

A placa "É proibido colocar lixo", da Prefeitura de Fortaleza, não é suficiente para evitar que a calçada da rua Carlos Gomes, no bairro José Bonifácio, vire um depósito de lixo. Pneus velhos, cocos, plásticos, concreto e restos de comida acumulam moscas e atrapalham a passagem dos pedestres. "O pessoal vem com carrinho de mão lotado para jogar aqui. São os próprios moradores das ruas próximas que colocam essa sujeira toda", afirma o comerciante Carlos Alberto. "Outro dia jogaram até um cachorro morto", disse. O acúmulo de lixo não é um "privilégio" apenas da Carlos Gomes. Basta uma volta rápida pela cidade para notar que existem vários "depósitos" nas ruas e avenidas de Fortaleza.
Na rua Major Weyne, no Jardim América, a montanha de lixo chega a atrapalhar os veículos que circulam pela via. "Aqui vem lixo de todo canto. Isso aqui é horrível. Junta mosca, rato, barata. Até caranguejo morto colocam aqui", conta o mecânico Pedro Henrique, 49, proprietário de uma oficina a poucos metros do depósito. "A culpa é dos próprios moradores da região", diz ele, garantindo que não contribui para o acúmulo de sujeira. Na própria rua Major Weyne, a equipe do O POVO flagrou dois moradores e um catador de lixo despejando a sujeira na calçada. "Eu sei que não é certo, mas é o local mais próximo da nossa casa", afirma a dona-de-casa Lucilene Lima, que jogou dois sacos de lixo doméstico no local.
A situação é a mesma na avenida Eduardo Girão (do canal), na rua Alberto Magno (altura do número 100), Tenente Benévolo, Costa Barros com Dona Leopoldina, José Bastos, Euzébio de Souza com Domingos Olímpio, entre outras. Na lagoa da Parangaba, nem as duas caçambas colocadas pela Ecofor evitam que o lixo seja despejado no chão da praça. Na rua Franklin Távora, no Centro, a moradora Marly Lima conta que chegou a gastar R$ 100 para comprar um tambor e evitar que o lixo ficasse espalhado na rua.

Falta de educação
A maioria das pessoas culpa a própria falta de educação dos moradores para o acúmulo de lixo na cidade. Eles dizem que a Prefeitura de Fortaleza faz a limpeza sistemática dos locais, mas que acaba não dando conta de tanta sujeira despejada. "Aqui eles limpam todos os dias. Até duas vezes por dia já chegaram a limpar. Mas não adianta", afirma o mecânico Pedro Henrique, da rua Major Weyne. Na rua Carlos Gomes, o comerciante Carlos Alberto conta que o caminhão costume limpar a rua às terças, quintas e sábados.
Segundo Eveline Sousa, presidente da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb), a coleta de lixo é realizada de forma periódica em Fortaleza. "A gente tem uma rota de coleta, mas existem alguns pontos onde a demanda é maior. Mas quando há urgência, deslocamos um carro para o local", explica. Ela diz que a Emlurb promove algumas campanhas para conscientizar a população sobre os perigos do lixo espalhado nas ruas. "Nossa maior preocupação é não deixar acumular por causa das chuvas. Mas a demanda é muito grande", afirma Eveline. Cerca de 3,5 mil toneladas de lixo são recolhidas por dia pelos 120 caminhões coletores que circulam em Fortaleza.
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765644.html


CENAS DO COTIDIANO

14/02/2008 00:29
Assim que recebi a notícia de que faria essa pauta sobre o lixo na cidade, a primeira imagem que veio à minha cabeça foi uma cena que presenciei no domingo à tarde, no caminho de casa até a redação do O POVO. Estava dirigindo tranqüilo pela avenida Luciano Carneiro e parei no sinal da Borges de Melo. Uma caminhonete Hilux parou à minha frente no cruzamento. Para meu espanto, o motorista abriu a janela do carro e jogou uma lata de cerveja vazia no canteiro central da avenida. Respirei fundo e contei até dez para não soltar um palavrão daqueles. Limitei-me a pensar: "Imundo".
Depois comecei a lembrar as outras cenas que já presenciei de falta de educação dos próprios moradores de Fortaleza. E foram muitas. Há uns três anos, vi um homem arremessar um coco verde pela janela do carro. Na mesma época, quando estava em um ônibus da linha Paranjana, flagrei outro homem jogando um lata vazia na avenida Mister Hull. Detalhe: o ônibus estava em cima do viaduto e ele, na maior cara-de-pau, atirou o objeto lá embaixo. Inacreditável!
Enquanto percorríamos alguns bairros da cidade, encontramos vários flagrantes de moradores despejando lixo nas calçadas. Às vezes me pergunto: será que é muito difícil andar com uma sacolinha de lixo no carro? Será que é muito difícil guardar a lata vazia ou o saquinho de biscoito para jogar no lixo do terminal de ônibus?
Não tenho procuração para defender a Prefeitura de Fortaleza - e esse nem é o papel do jornalista. Aliás, acho até que ela tem a sua parcela de culpa. Mas, essas mesmas pessoas que jogam o lixo nas ruas, serão as primeiras a reclamar do Poder Público quando a chuva alagar a cidade. E não venham de dizer que é só na periferia!
Thiago Cafardo. Jornalista e repórter do Núcleo do Cotidiano
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765647.html


MAIS EDUCAÇÃO

14/02/2008 00:29
"Aqui fica cheio de ratos, moscas e outros bichos. Mas o pessoal não aprende que não pode jogar lixo na rua. É muito relaxo, muita falta de educação". O comerciante Luiz José da Costa, de 75, anos, diz que já "cansou" de avisar aos moradores que o canteiro central da avenida Expedicionários não é depósito de lixo. "Estou aqui desde 76 e sempre foi assim". Ele diz que a Prefeitura limpa todos os dias a área, mas que a quantidade de lixo despejada no local é muito grande. "Até folheto educativo já distribuíram aqui, mas não adianta. Se o povo fosse mais educado, o Brasil seria bem melhor", afirma.
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765636.html


A CIDADE É NOSSA. O QUE PODEMOS FAZER POR ELA?

Celina Côrte Pinheiro
05/04/2008 00:43
O lixo se acumula nas calçadas tomando o espaço do pedestre.
No último dia 25 de março, tive o prazer de estar presente no evento “Diálogos Urbanos” promovido pelo O POVO. O tema girou em torno das propostas e perspectivas para a cidade de Fortaleza. Discussão rica, inteligente e interessante.
Meu pensamento voou e o resultado vem logo seguir:
Quando penso no lixo que, em bairros considerados nobres, se acumula nas calçadas e nos obriga a caminhar pelo asfalto, colocando nossas vidas em risco;
Quando penso no mau cheiro do lixo que consegue subir até os andares mais elevados dos prédios;
Quando penso na dificuldade de obediência às regras que devem nortear qualquer agrupamento humano;
Quando penso no trânsito indisciplinado e na ocupação desorientada das calçadas...

Pergunto-me em que estado estarão os bairros desprovidos de serviços básicos para a saúde humana e de escolas inteligentes.
Tal qual Marina Colassanti, penso também que a gente se acostuma a tudo, mas não podemos deixar de nos indignar diante desse cenário cruel, em que grassa a violência em todos os níveis. Tratar pessoas humildes como se fossem desprovidas de percepções, sentimentos, é sinal de falta de sensibilidade. O saneamento básico deveria ser possível, se não a todos, pelo menos à maioria dos habitantes desta cidade. Serviços de atenção à saúde, bem equipados, limpos, com profissionais comprometidos e satisfeitos minimizariam a dor de se sentir debilitado, mesmo que provisoriamente. As escolas cercadas por árvores, como salas amplas e bem arejadas despertariam nos alunos a vontade de ir e permanecer. Qualquer tentativa de destruição das escolas seria abortada em seu nascedouro, pois toda comunidade sentiria o dever de zelar por elas. Da mesma forma, imagino as ruas arborizadas, oferecendo sombra aos pedestres; uma pavimentação adequada, tanto nas ruas, quanto nas calçadas e nenhum lixo. Adeus lixinhos e lixões nas calçadas e nos imensos contêineres. Adeus, mau cheiro!
http://www.opovo.com.br/opovo/jornaldoleitor/777925.html


CAMPANHA MOSTRA O LIXO RECOLHIDO NAS RUAS DO CENTRO EM UM DIA

01/11/2006
Nesta quarta-feira, 1º de novembro, às 9 horas, uma pirâmide de lixo foi erguida na Praça do Ferreira, formada por 300 sacos, contendo 70 toneladas de lixo recolhidas em um único dia das ruas do Centro. O objetivo é mostrar à população a quantidade de lixo recolhida do chão durante um turno de trabalho da equipe de limpeza.
A Despedida do Lixo é um reforço às ações de educação ambiental desenvolvidas desde agosto passado e à colocação de 400 lixeiras em locais estratégicos do Centro. Recentemente, nos dias 23, 24 e 25 de outubro, o grupo Terapia do Riso fez apresentações sobre a importância do uso das lixeiras, com ações na Estação João Felipe, nas principais praças do Centro, bem como no terminal Parangaba e nos coletivos com destino ao Centro. Cerca de 10 atores trabalharam com faixas e placas com palavras de ordem para sensibilização.
http://www.guilhermesampaio.com.br/noticias/texto.asp?ID=348


Parece piada, mas em Fortaleza ainda é necessário ensinar as pessoas que o lixo deve ser jogado nas lixeiras. É como se a lixeira fosse um objeto desconhecido, que ninguém sabe para que serve e tem até medo de se aproximar. Talvez pensem que é o bicho-papão.


BENFICA, LIXO QUE ACUMULA E CRISE DE CONVIVÊNCIA

16/02/2008 16:50
Moradores do bairro, conhecido como reduto boêmio de Fortaleza, reclamam do acúmulo de lixo pelas ruas. Outro problema está relacionado à difícil convivência entre alguns moradores e o público que, toda sexta-feira, frequenta a praça da Gentilândia.
Conhecido como um dos bairros mais boêmios de Fortaleza, o Benfica sofre com um problema que atinge a toda a cidade mas que ali se agrava com o número de bares e com a quantidade de pessoas que por lá transitam: a limpeza de ruas, avenidas e praças. Andando pelo bairro e também próximo da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, é praticamente impossível se encontrar lixeiras. O lixo, portanto, acaba no meio fio, atrapalhando a vida de quem mora na área, principalmente em dias de chuva.
A estudante Ana Isabel Cortês, que faz mestrado de história na UFC, diz que fica muito triste ao ver que o bairro onde mora há dois anos cheio de lixo espalhado pelas ruas. "É sujo, não tem limpeza de canteiros e, quando chove, não dá nem para sair de casa, pois o lixo acumula nos bueiros e enche a rua", destaca. Os problemas decorrentes da falta de limpeza são também sentidos na pele. "A quantidade de mosquitos e muriçocas aumenta por causa disso. Já chamei gente para ir lá em casa ver se são mosquitos da dengue que estão entrando. Mas, como vai controlar essa praga se não se limpa a cidade?", questiona.
A limpeza pública também é uma preocupação do ex-vigilante, João Joaquim Oliveira, 64 anos, que mora em frente à lagoa do Mondubim. Segundo ele, a falta de limpeza, corte de mato e dedetização na área traz riscos à saúde da população. "É tão fácil pedir para os órgãos de limpeza vir aqui arrumar isso. Não sei qual a razão de demorar tanto ou de se fazer tão pouco uma coisa básica dessas", diz.
http://www.opovo.com.br/opovo/politica/766328.html


SE ESSA CALÇADA FOSSE MINHA...

Andar nas calçadas de Fortaleza, em áreas nobres ou não, é uma aventura. Buracos, lixo, carros, camelôs, falta de calçamento, desníveis brutais no piso - as irregularidades são imensas. Uma lei obriga cada proprietário a cuidar do calçamento de seu imóvel, mas poucos cumprem suas obrigações, aumentando o caos urbano na nossa Fortaleza.
Parece brincadeira, mas uma piada urbanística européia tornou-se realidade: Londres resistiu bravamente aos ataques dos alemães, mas Fortaleza não agüenta uma chuva de quinze minutos. Logo o trânsito entra em colapso, os bueiros entupidos cospem lixo, as ruas ficam inundadas e o fortalezense volta a repensar o projeto sempre adiado de morar numa cidade tranqüila (pelo menos mais civilizada) do interior. Vamos discutir um problema: a união de áreas ricas e pobres no descaso às calçadas.
Qualquer hora do dia o sofrido pedestre, sem sucesso, procura brechas para percorrer a calçada da Av. Santos Dumont lá no seu início proximo ao cruzamento com a rua Rodrigues Júnior, semeada de pneus para venda em borracheiros e motos estacionadas. Os poucos metros que restam de calçamento obrigam os pedestres a formar uma verdadeira fila indiana. Ao tentar uma ultrapassagem, uma dona de casa é "esmagada" contra um telefone público por um grupo de pessoas. Resolve, então, desafiar carros e motos, arriscando-se na difícil travessia de uma rua lotada de veículos. Seu objetivo é cumprido, mas não sem antes despender certa dose de suor, passos acelerados e algum equilíbrio entre os automóveis pouco solidários à sua aflição.
O relato não se refere a uma experiência exclusiva daquela dona de casa; qualquer pedestre, na maioria das ruas fortalezenses, já passou por isso. Seu desfecho, contudo, pode vir a ser bem mais trágico.
Irregularidades envolvendo calçamentos estão previstas na lei municipal Nº 5.530, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1981.. Basta caminhar alguns metros pelas ruas de qualquer bairro em nossa capital para perceber que a "calçada ideal", moldada pela lei, é praticamente uma utopia. Todos sabem que são "poucos" os passeios que respeitam as condições exigidas. Contudo, ele não titubeia em opinar que a falta de conhecimento das leis agrava o descaso às calçadas.
De fato, muitos desconhecem que a construção e o reparo das calçadas não são responsabilidades somente da prefeitura, mas a fiscalização é. Conforme disposto na mesma lei, "os responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a construir os respectivos passeios na extensão correspondente à sua testada". E mais: o texto determina que esses indivíduos devem zelar, sob pena de multa, pelo "perfeito estado de conservação" de seus calçamentos.
A fiscalização é zero e os fiscais só agem quando há uma denúncia. Cobramos a conscientização. Buracos à parte, os pedestres também são obrigados a concorrer com o exército de ambulantes que lota as ruas do centro de Fortaleza, que junto com automóveis esparramados sobre as calçadas também acabam por asfixiar ainda mais o incauto transeunte. Em nossa cidade, os automóveis estão sendo cada vez mais priorizados, em detrimento dos pedestres. Estamos perdendo nossas calçadas para os veículos. É uma posição política: em primeiro lugar estão os automóveis, em segundo, os pedestres e em terceiro, os deficientes. Se o estado deplorável das calçadas expulsa os pedestres das vias públicas, a posição dos portadores de deficiências físicas é bem mais grave. "Eles estão totalmente afastados do espaço público", comenta Darus, da Abraspe.
No entanto, na avaliação do presidente da Abraspe, mesmo com os rebaixamentos de guia perdem o sentido na medida em que as calçadas não possuem condições de circulação. "Os deficientes só conseguiriam utilizar as guias rebaixadas se descessem de pára-quedas nas calçadas".
http://blogdacidadefortaleza.blogspot.com/2008/01/se-essa-calada-fosse-minha.html


POPULAÇÃO RECLAMA DO LIXO NAS CALÇADAS

18/02/2008 00:29
Daniela Nogueira
Na esquina das ruas Francisco Holanda e Silva Paulet, no Dionísio Torres, há muito lixo acumulado (Foto: RODRIGO CARVALHO/ESPECIAL PARA O POVO)

No bairro Dionísio Torres, na esquina das ruas Francisco Holanda e Silva Paulet, há muito lixo acumulado, que é colocado pela população que mora próximo à área, relata a leitora Tercília Oliveira. Outro problema, diz, são os bueiros do local tapados com cimento, o que dificulta o escoamento de água quando chove. Outro leitor, João Paulo Rodrigues, queixa-se do lixo em outro cruzamento: na rua Padre Mororó com a rua Guilherme Rocha. Ele culpa a população por contribuir com a sujeira no espaço.
Resposta: Uma equipe da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) será enviada aos dois locais para retirar o lixo e fazer uma vistoria para, depois, concluir que procedimento adotar com as áreas. Foi o que informou a assessoria de imprensa da Emlurb. Da Secretaria Executiva Regional (SER) II, responsável pelo bairro Dionísio Torres, a assessora informou que colocou, na pauta de serviço do Distrito de Infra-estrutura, a ida ao local para verificar que tipo de intervenção de concreto está feita. Se for uma boca-de-lobo tapada indevidamente, a ação será desfeita, afirma a assessora.
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/opovonosbairros/766531.html


Postei essa última reportagem só para fazer um comentário.

Quem não mora aqui, não imagina como é engraçado ver essas respostas dos órgãos responsáveis pela manutenção da cidade. Olhar o Jornal do Meio Dia, na TV Globo local, parece mais um programa de humor. Sempre que a população reclama de problemas nas ruas, calçadas, lixo etc, a equipe do jornal entra em contato com o órgão responsável pela área para ver o que, como e quando o problema será solucionado. Aí é que vem a piada. Sempre, mas sempre mesmo, eles respondem que já estavam mesmo verificando a situação, que já estavam mandando uma equipe até o local, que amanhã mesmo iriam até a localidade verificar o problema...
Isso chega a ser ridículo. Parece que estão debochando da cara do povo, fazendo promessas, ou tentando se mostrar eficazes, quando na verdade eles nem estavam planejando a visita no local e não tinham nenhum interesse em tomar alguma providência.
Os apresentadores do jornal, as vezes fazem umas caras engraçadas, tipo dizendo: aham, sei que vocês vão sim, é sempre a mesma promessa... E é lógico que na maioria das vezes eles não vão ao local ou ao menos não resolvem o problema.

3 de mai. de 2008

Por que eu estou em Fortaleza...

Bem, muita gente deve ler esse blog e se perguntar o motivo de eu estar em Fortaleza se vivo comentando tantos problemas e tamanha diferença em relação ao sul do Brasil. Resolvi fazer um comentário sobre a minha vinda para cá.
Desde adolescente eu queria morar no nordeste. Inicialmente eu pensava em ir para a Bahia, afinal lá no RS a Bahia era o estado nordestino mais comentado. Mas independente do estado, eu sonhava em morar no nordeste. Ficava imaginando o sol, calor, verão o ano todo... hum que delícia fugir do nosso inverno congelante. E assim eu continuei planejando minha vinda.
Quando terminei a faculdade, no final de 2005, decidi que era a hora certa, estava sem trabalhar e poderia continuar estudando e trabalhar no nordeste. Então comecei a pesquisar na Internet sobre as capitais do nordeste para escolher em qual eu iria morar. Estava indecisa entre Maceió, Natal, João Pessoa e Fortaleza. Concluí que João Pessoa, apesar de ter muito verde e provavelmente ser bem mais agradável por ser menor, não teria muita oportunidade de emprego, pois é muito pobre. Natal, apesar de lindo, o custo de vida é o mais alto do nordeste. Maceió tem fama de muita violência (não tanto como Recife) e a prefeitura nem sequer respondeu meu email pedindo informações sobre a cidade. Já sobre Fortaleza eu encontrei muita informação na Internet, sobre todos os pontos que eu queria saber e além disso a prefeitura foi muito prestativa, respondeu meu email com todas as informações que eu havia pedido. Enfim, eu havia decidido para onde iria.
No dia 13 de fevereiro de 2006, por volta das 6 horas da manhã eu peguei o avião em Porto Alegre com destino a Fortaleza.
Ah, mas antes disso eu vendi meu carro, vendi meus móveis, vendi meus eletrodomésticos, dei quase todas as minhas roupas e sapatos, deixei minha família, coloquei algumas roupas na mala, peguei minha gatinha, meu namorado e viemos, assim, sem conhecer nada.
Loucura? Totalmente! Mas era o que eu queria há muitos anos. Era o que eu sonhava desde adolescente: morar no nordeste. Eu precisava vim.
O porém foi que chegando aqui eu percebi que tudo era muito diferente do que eu imaginava, de tudo que eu tinha sonhado minha vida inteira. Eu pensava que teria diferença na maneira de falar, sotaque, nas comidas, na música, mas eu nunca imaginei esse abismo cultural, essa falta de educação, essa falta de respeito que as pessoas tem umas pelas outras, essa ganância de sempre querer ser mais, ser o primeiro mesmo que se tenha que passar por cima dos outros e principalmente, como eu não me canso de repetir, essa falta de bom senso. Além disso, os empregos por aqui também são uma exploração absurda. Tenho até pena do povo que trabalha tanto e não ganha nada. Até hoje eu não entendi como as pessoas conseguem viver ganhando tão pouco. E a sujeira pelas ruas... muitas, ou quase todas as pessoas jogam lixo no chão, o dia inteiro, todos os dias, em qualquer lugar. É tudo muito estranho por aqui.
Provavelmente tu está perguntando: e por que tu ainda não foi embora?
Eu ainda não fui embora porque eu vim para cá acreditando que seria ótimo, que eu ia amar morar por aqui, que ia ficar aqui para sempre e por isso eu comprei um apartamento. Agora estou tentando vender o apartamento para poder ir embora. Infelizmente é meio demorado vender apartamento por aqui, pois Fortaleza tem um edifício ao lado do outro, na cidade toda, então existem muitos apartamentos para vender, em toda parte. A concorrência é enorme. Mas assim que eu vender eu vou embora no dia seguinte, em que seja de carroça rss.
Bem, essa é minha história de como vim parar em Fortaleza.
Eu quis contar isso para mostrar que eu vim para cá acreditando na cidade, acreditando que tudo daria certo. Tanto é que vendi tudo que tinha e vim somente com algumas roupas. Mas infelizmente a realidade é bem outra do que imaginamos por lá.
Ah, e essa história de que o custo de vida no nordeste é baixo... isso é a maior mentira que já ouvi. O custo de vida aqui é o mesmo do RS e o detalhe é que o salário é 1/3 do salário de lá.
Eu acho que as pessoas ficam chateadas com meus comentários sobre a cidade de Fortaleza porque elas não conhecem outra realidade, não imaginam como é a vida fora daqui, então pensam que tudo por aqui está em perfeitas condições.
Mas apesar de tudo isso, eu falo que valeu a pena essa minha passagem por Fortaleza. Sim, valeu a pena mesmo. Primeiramente porque eu tinha muita vontade de morar no nordeste e caso eu não tivesse vindo, estaria até hoje sonhando e esperando o dia de vim. Agora eu já sei como é. Foi uma desilusão enorme, pois eu tinha uma grande expectativa, mas sinto como se fosse um sonho antigo que foi realizado, frustrado mas realizado. Além disso, eu aprendi a dar valor para o meu lugar, para o meu povo, para a minha gente. Eu dizia que o povo do RS era grosso, que era chato morar lá etc, e minha vinda para Fortaleza me mostrou que o sul é um paraíso (ao menos para quem nasceu lá), que é lindo, limpo, com pessoas educadas (em sua maioria), cidades bem organizadas, bem estruturadas, boas universidades etc.
O curioso é que antes de eu vim para Fortaleza, eu dizia que nunca mais voltaria para o sul, nem para passear, mas hoje eu morro de saudades e tenho muito orgulho de ser gaúcha. Orgulho que eu não tinha antes por não conhecer outras realidades. Como diz um velho ditado: as vezes é preciso perder para aprender a dar valor. Eu só pude perceber a qualidade de vida do RS depois de sair de lá.
Por esses dois motivos que eu considero que valeu a pena sim vim para Fortaleza e passar todo esse estresse que passei aqui. Com certeza, quando eu voltar para o sul, serei uma pessoa muito melhor do que era quando ainda morava lá, pois na época eu não sabia dar o valor merecido.
Eu não desmereço Fortaleza e nenhum outro lugar do nordeste. Só gosto de frisar que passear por alguns dias é muito diferente de morar no local. Incentivo as pessoas que vem passar férias por aqui, tem muitas praias lindas, mas viver, conviver, dia a dia, isso já é outra história.

Versinho para a prefeita

Recebi esse versinho de um amigo. É em homenagem a prefeita de Fortaleza. Na verdade é um deboche sobre a "Fortaleza Bela" que ela usa em sua administração. Como eu falo desde que resolvi fazer esse blog: de bela tem pouquíssima coisa por aqui. É muito mais descabela rss
Que bom que uma parte do povo consegue perceber as coisas que acontecem e quem sabe votem conscientes na próxima eleição.

Essa é a prefeita de Fortaleza.

Foto do site: http://softwarelivrenageral.blogspot.com/2007_08_01_archive.html

*FORTALEZA DELA*
*A prefeita prometeu*
*Uma Fortaleza bela*
*Mas depois de quatro anos*
*De propaganda e balela*
*Com ares de abandonada*
*Fortaleza hoje é chamada*
*É de Fortaleza dela*
* *
*Para ver a buraqueira*
*É só abrir a janela*
*São ruas e avenidas*
*Com asfalto requenguela*
*E o povo a repetir*
*Essa Fortaleza aí*
*É a Fortaleza dela*
* *
*Na festa do carnaval*
*Foi a maior esparrela*
*Com gente quebrando braço*
*Perna cabeça e canela*
*E com tanta negligência*
*Tomou-se mais consciência*
*Que essa Fortaleza é dela*
* *
*No sistema de saúde*
*Atendimento é novela*
*São dias e até semanas*
*Na fila de sentinela*
*E com tanta humilhação*
*O povo diz com razão*
*Essa Fortaleza é dela*
* *
*Na eleição deste ano*
*Pode esperar mais mazela*
*A prefeita e o cambeba*
*Serão da mesma panela*
*E com mais essa maldade*
*Vamos ter nossa cidade*
*Sendo cada vez mais dela*
* *
*Tivemos pra capital*
*Um sonho de Cinderela*
*Mas essa cidade feia*
*Da aldeota à favela*
*Sem encanto e sem beleza*
*Não é nossa Fortaleza*
*É a Fortaleza dela.

2 de mai. de 2008

Oh povo barulhento!!!

Aqui tem barulho de som, carros com caixas de som enormes, gente falando alto em todos os lugares, buzinas 24 horas por dia... é um inferno.

POLUIÇÃO SONORA - Muito barulho e pouca solução

O POVO (25/11/2006) - Cidadãos comuns enfrentam verdadeiras sagas na hora de apelar às instituições públicas para conseguir um pouquinho de sossego. O Disque-silêncio não verifica o problema na hora em que a reclamação é feita

Raquel Chaves
da Redação
Em Fortaleza, quem tem seu sossego perturbado por poluição sonora de qualquer natureza enfrenta uma saga na hora de tentar resolver o problema. Muitas vezes, trabalha em vão, já que na maioria dos casos não há fiscalização no momento da queixa. Desde agosto último, o serviço do Disque-Silêncio funciona através da central de chamadas Fala, Fortaleza, pelo telefone 0800 285 08 80. Mas a população pode recorrer também à Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) e ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). Os reclamantes, no entanto, costumam sair insatisfeitos e ter de conviver com o transtorno.
Acompanhemos a saga de Jefferson Pontes. Um ano é o tempo que ele aguarda por uma solução para o barulho "incessante e alto" provocado por buzinações de vigilantes motorizados durante toda a madrugada na região em que mora, no bairro Bela Vista. Em seu extenso relato, os diversos caminhos percorridos: a própria empresa de segurança responsável pelos vigilantes-motociclistas, o Disque-Silêncio, a Polícia Militar (PM), a AMC e até a Polícia Federal (sugestão feita pela Polícia Militar, através do Ciops).
"Não me foi dado nenhum retorno, de nenhuma instituição pública. Alegaram 'falta de condições'. Eu, como cidadão, me sinto lesado pelo número de impostos que a gente paga", reclama Jefferson, que mora com a esposa e três filhos pequenos em um apartamento. Ele diz ter procurado primeiramente a empresa, cuja uma das funcionárias informou não poder fazer nada. Em seguida, foi a vez do Disque-Silêncio. "Após relatar o problema, fui informado que o órgão não atuava diante dessa situação".
Jefferson contactou, então, a Polícia Militar, via 190. "Relatei tudo de novo e, mais uma vez, fui informado que a PM não atuava diante dessa situação. Sugeriram-me a Polícia Federal (PF), pois as empresas de vigilância são fiscalizadas por ela", explica. Ele seguiu a sugestão e ligou para a PF, através da Delegacia de Segurança Privada (Delesp), onde um atendente ouviu todos os detalhes do problema e pediu a Jefferson que enviasse um e-mail para o responsável pela Delesp. "Enviei o e-mail e até hoje não obtive retorno algum".
As tentativas seguintes foram junto à AMC. "A moça, muito gentil, disse que iria anotar tudo e se houvesse condições, iria mandar uma viatura. Esperei e nada. Alguns dias depois, liguei novamente para a AMC, e para minha surpresa, a moça informou que já sabia do meu caso e disse a mesma coisa. Esperei de novo, e nada". Em nova ligação à PM, Jefferson diz ter colocado o telefone próximo ao buzinaço. "A atendente reconheceu que era realmente muito barulhento, e novamente me disse que não podiam fazer nada". Como muitos cidadãos, Jefferson se diz "indignado" pelo que ele chama de descaso das instituições públicas.

SERVIÇO
Reclamações sobre poluição sonora podem ser feitas pela central de chamadas Fala, Fortaleza (0800 285 08 80) - diariamente, de 7h às 19h. As fiscalizações são feitas de segunda a quarta-feira, de 15h às 21h; quinta-feira a sábado, de 21h às 3h; e domingo, de 15h às 21h. AMC (0800 85 15 17) - 24 horas. Ciops (190) - na Polícia o queixoso deve se apresentar junto à delegacia para registrar a ocorrência.
Plantão Fiscal funcionará 24 horas
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/article.php?storyid=1903

*** Eu concordo 100% que esse serviço não presta para nada, pois eu mesma já liguei duas vezes e adivinhem qual foi a resposta?!?! Quanto a isso nós não podemos fazer nada... (será que é uma gravação que atenda nosso telefonema ou eles só falam essa mesma frase para todos que ligam?!). Então para que serve um disque silêncio se quando alguém liga para fazer uma reclamação eles dizem que não podem fazer nada??? Era melhor que nem existisse, assim não perderíamos tempo e não estariam gastando com funcionários que não servem para nada. Esse é o legítimo serviço para enrolar e iludir o povo. Só serve para eles falaram que tem.

A DITADURA DOS DECIBÉIS

17/08/07
O mundo tornou-se mais barulhento ou foram meus ouvidos que ficaram mais sensíveis? O certo é que, cada vez mais, os decibéis me roubam a paz de espírito, me agastam, me sufocam, nos mais variados ambientes, todas as horas do dia. E da noite.
Alheias aos malefícios que o barulho causa à saúde, algumas pessoas parecem ter perdido o senso da medida, quando se trata de ampliar o som que produzem. Buzinas, carros de som, alto-falantes... são incontáveis as formas como nos agridem. As recepções nos bufês viraram sessões de tortura auditiva. Ali, já não se pode conversar com os amigos. Nos casamentos religiosos introduziram uma espécie de fanfarra ensurdecedora, que transformou a marcha nupcial em dobrado militar.
Mais irritante ainda é a cacofonia das bandas de forró. O que jamais se explicou é por que os fãs desse gênero - aparentemente, a grande maioria da população - só conseguem ouvir suas "músicas" se for no mais alto volume, de modo a socializar com todo o quarteirão a mesmice das melodias e a mediocridade das letras rasteiras, machistas, de insuperável mau gosto.
Conheço simpática cidade serrana onde, vez e outra, o ginásio poliesportivo, a dois passos do hospital, se transforma em quadra de forró. Nessas ocasiões, metade da população é obrigada a uma noite insone para que a "galera" se esbalde, até a madrugada, ao som das bandas de nomes toscos, que se sucedem no palco, numa ferrenha disputa pelo campeonato da vulgaridade. Tudo, é claro, explorando ao máximo a potencia de seus equipamentos de som.
As leis que dispõem sobre poluição sonora existem e precisam ser respeitadas. Perturbar o sossego público é crime. Mas, ao que parece, como em qualquer regime de força, na ditadura dos decibéis os direitos dos cidadãos estão sendo ignorados. Talvez seja mesmo uma questão de ignorância. Afinal, Schopenhauer já sentenciava: a quantidade de ruídos que um homem pode suportar é inversamente proporcional a sua inteligência.
ÍTALO GURGEL – Jornalista
http://www.esp.ce.gov.br/index.php?Itemid=76&id=67&option=com_content&task=view


* Como seria bom se essa lei fosse respeitada. Infelizmente não tem um dia sequer que eu saia na rua e não cruze com pelo menos 2 carros com som muito alto e o porta-malas aberto para a cidade inteira ouvir o som da pessoa. Não sei o que faz eles pensarem que todas as pessoas desejam ouvir a música e naquele volume ensurdecedor!!! É muita falta de respeito. Pensando bem, como já falei várias vezes, respeito e bom senso são coisas que não existem em Fortaleza... então tá explicado o porque eles acham que a cidade inteira tem que ouvir o som do carro deles.


STRESS SONORO - BUZINA: POLUIÇÃO QUE IRRITA

DIARIO DO NORDESTE(22/08/2007) - Quem nunca pegou o “carro do papai” e na Volta da Jurema - beira-mar de Fortaleza - e deu aquela buzinadinha como paquera? Isso foi nas décadas de 60, 70 e 80, num tempo que esse sinal sonoro era sinônimo de charme e inocência. Atualmente, usada por motoristas e motociclistas abusivamente, é uma das principais causadoras de stress no ser humano, transformando-se num dos maiores tormentos do novo milênio.
Mal o sinal verde surge, há sempre alguém acionando-a prolongadamente, seguido logo por outros como se fosse uma espécie de contágio.
A sua função só tem um único propósito, alertar. Vamos aos exemplos: uma criança que passa distraída, um pedestre mais imprudente, um outro motorista que, ao cruzar a rua, olha para a direção contrária. Entretanto, buzinar virou mania, não necessidade.
Hoje ela é usada para chamar a atenção do condutor diante do mundo como uma espécie de auto-afirmação. Parece que virou símbolo de virilidade, ou a falta dela...
Os motociclistas também têm sua grande parcela de culpa. Basta dar uma volta no quarteirão que, pronto, o sinal do “BIBI, BIBI” foi acionado. Infelizmente, a buzina passou a ser um elemento de primeira necessidade do veículo.
O problema se agrava quanto maior a cidade-metrópole. Parece que o sinal sonoro fica mais imponente. Ela (a buzina) virou uma comunicação que parece dizer “saia senão eu passo por cima”, mesmo que seja um ser humano. Personalizar a buzina (hinos de futebol, cavalo rinchando) também não é a solução, pelo contrário. Afinal, quem quer uma buzina que imita o Pica-pau atrás?
É bom lembrar que pelo Código de Trânsito (artigo 230) o uso da buzina personalizada é ilegal, devendo o proprietário desembolsar R$127 se for reincidente, por alterar características originais do veículo. Da primeira vez a carteira é apreendida. Pelo mesmo Código, é proibido buzinar entre 22h e 6h da manhã. Muitos, porém, ignoram a restrição.
JOTA POMPÍLIO
Repórter

OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Use a buzina com consciência
O ato de buzinar em determinadas situações nos remete a uma questão maior, que é a questão dos congestionamentos, principalmente em “horários de pique”, de falta de uma estrutura viária que possibilite uma maior e melhor fluidez dos veículos no trânsito.
Lógico que, diante de situações de congestionamentos, os que, por uma razão ou outra, não assimilam a situação como um momento para a prática da paciência, acabam extravasando a sua inquietação momentânea através do ato de buzinar, que não resolve o problema e consequentemente irrita o condutor do veículo da frente, que, por sua vez, nada pode fazer, a não ser esperar que o trânsito volte a fluir lenta e/ou normalmente.
Buzinar demasiadamente é uma falta de educação individual. Motivado pelos fatores citados acima, como a falta de estrutura viária, reflexo da pressa dos compromissos do mundo hodierno, da ausência de uma programação prévia do trajeto a ser seguido, da falta de um controle emocional para lidar com situações de estresse.
A buzina tem que ser usada de forma consciente e necessária diante de situações de perigo, na desatenção de pedestres e/ou motoristas circunstancialmente displicentes.
JOSÉ WAGNER PAIVA
Psicólogo de Trânsito
Presidente da Associação de Psicólogos de Trânsito do Ceará e Membro do Conselho Estadual do Trânsito
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/article.php?storyid=3050


LIMITE - SOM ALTO EM CARRO VAI TER MULTA A PARTIR DE AGORA

O POVO (12/11/2006) - A infração é considerada grave e, além do pagamento de multa, o motorista também receberá cinco pontos na carteira.
Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que estabelece limites para o volume de som emitido pelos veículos começou a vigorar na sexta-feira, 10, em todo o País. A partir de agora, o volume não pode ultrapassar 104 decibéis a meio metro de distância do automóvel.
A infração é considerada grave e, além do pagamento de multa, o motorista também receberá cinco pontos em sua carteira de habilitação. A norma se aplica a todos os tipos de ruídos: alto-falante de rádios, buzinas e até o barulho produzido pelo motor.
Para o engenheiro Luiz Bottura, os órgãos estaduais de trânsito terão dificuldade para colocar a medida em prática. “A essência da resolução é ótima. Som alto atrapalha não só o motorista, mas também quem está perto. O problema é que os agentes não têm como fiscalizá-la”, diz Bottura. Ele considera os limites altos demais. “Para se ter uma idéia, um avião comercial produz 120 decibéis.”
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/article.php?storyid=1871

Esgoto, principalmente nas praias

PESQUISA DO IBGE APONTA (14/6/2004)

Cerca de 42,64% consideram o domicílio sem espaço e gostariam de morar num local maior. Outros 43,50% disseram que seus domicílios possuem telhados com goteiras; 43,48% admitiram morar em locais com paredes e/ou fundações úmidas; 45,50% reclamaram de madeiras nas janelas, portas e assoalhos deteriorados. Já o percentual de famílias que gostariam de uma casa melhor iluminada chega a 25,65%. Outras 21,30% reclamaram de rua ou vizinhos barulhentos.
Além das condições de moradia, o acesso das famílias cearenses aos serviços públicos também deixa a desejar. Conforme a pesquisa do IBGE, 30,78% das famílias no Estado não possuem abastecimento de água e esgoto. Outros 30,01% dos domicílios são desprovidos de serviço de coleta de lixo regular; 32,55% não possuem drenagem; 21,69% declararam morar em ruas sem iluminação e apenas 8,84% não têm fornecimento de energia elétrica.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=169088


ORLA POLUÍDA GERA TRANSTORNOS

Praia de Iracema (2/3/2008)

O canal 'Língua Negra', como é conhecido, leva ao mar o esgoto que é desviado da rede pública (Foto: Denise Mustafa)
A poluição ambiental na orla marítima da Capital prejudica a qualidade de vida, dizem os especialistas.
Todos os dias, basta o sol começar a se esconder que a artesã Ivoneida Rios, 46 anos, inicia a montagem de sua barraca na feirinha do calçadão da Beira-Mar. Clientes? Ivoneida tem. Problemas? Também. Afinal, como reclama, o chamado “língua negra”, canal que despeja esgoto no mar próximo à sua barraca, acaba por afastar, muitas vezes, os turistas. “É um mau cheiro grande, gera doenças. Aqui é uma fonte de renda, visada mundialmente. Isso dá uma má impressão”, diz a artesã.
Uma má impressão alimentada também em outros 12 pontos de poluição, no trecho entre a Praia de Iracema e o Mucuripe. Tanto que, há sete meses, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) vêm realizando uma ação emergencial para “Despoluição da Orla Marítima”, a fim de diminuir os percentuais de poluição na área.
Na opinião da bióloga Regine Vieira, pesquisadora do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), a situação vivenciada pela artesã Ivoneida é decorrente tanto da má educação da população, como da falta de fiscalização efetiva do poder público. Para a bióloga, “o homem não cuida porque não é educado para cuidar. Como não há fiscalização, e muito menos punição, o meio ambiente é que é prejudicado”.
Conforme informou Regine Vieira, dentre as substâncias poluidoras da orla marítima, as mais encontradas são as fezes. No caso, como disse, elas são oriundas em sua maioria “do homem, que come e, sendo ser vivo, tem que excretar o que não for aproveitado e, sendo mal educado, joga detritos em locais não apropriados”.
Como um dos pontos críticos identificados pelo Labomar, a pesquisadora indica que a poluição é muito alta nos locais onde há a deságua de galeria pluvial. Dentre eles, há o localizado em frente à estátua de Iracema, do Riacho Maceió.
Como comentou a bióloga, o material coletado “chega a apresentar um NMP de 11.000 Coliformes Termotolerantes por 100mL de água, quando o Conama, na resolução 274/2000, preconiza que mais de 1000 CT /100mL torna a praia imprópria para uso”.
“Queremos incentivar a utilização da rede. A Praia de Iracema é área nobre, mas com camelôs, que usam a praia como banheiro. Outro problema é que o esgoto é construído após os edifícios, causando mais gastos que os imóveis não querem ter”. Para Ester Esmeraldo, “ainda falta a conscientização dos governantes para a questão do saneamento básico”.


ESGOTOS POLUEM LAGOAS

Diego Laje
especial para O POVO
Galerias de drenagem servem para esgotamento irregular na Lagoa da Parangaba. Na Lagoa da Maraponga, despejo ilegal é feito por meio de riacho.
11/03/2008 00:17
Parte dos esgotos do Montese, Itaoca, Parangaba, Panamericano e Demócrito Rocha são escoados na Lagoa da Parangaba. O local, impróprio para banho e pesca, é poluído, ainda, pelo acúmulo de lixo em seu entorno. Na Lagoa da Maraponga, também imprópria, o despejo vem de uma comunidade e de outros pontos do bairro. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) prevê o beneficiamento dos locais com rede de saneamento, mas há trechos que não podem ser contemplados. A Prefeitura diz não ter projetos de habitação para as famílias.
O despejo irregular, ele diz, é feito por meio das galerias de drenagem pluvial. O esgotamento inclui cerca de 100 casas às margens da lagoa. Alan informa que não há dados sobre o número de pontos responsáveis pelo despejo, mas afirma que os bairros foram identificados por não possuírem rede de esgoto e suas galerias desembocam na lagoa.
O POVO encontrou, próximo ao sangradouro, duas cabeças de caprinos, em fase de decomposição. Alan diz acreditar em "desova", com o material vindo de outro local. Também há fezes de animais que comem vegetais às margens do manancial.
Na Maraponga, por conta da falta de rede de esgoto, a lagoa acaba recebendo dejetos. É o que aponta o chefe do Distrito de Meio Ambiente da Regional V, José Maria Castro. Cerca de 60 casas, da comunidade Nazaré de Lima, usam um riacho que chega à Lagoa da Maraponga para esgotamento. "A solução é retirar o pessoal dali", avalia Castro. O local é área de preservação ambiental. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), o despejo "vem de outros pontos também". A pasta não informou quais, mas adiantou que é da "maior parte do bairro".
A Cagece prevê contemplação de parte da Maraponga com rede de esgoto. As obras começariam em outubro. Nos bairros que poluem a Lagoa da Parangaba, a previsão de início da execução é para os próximos sete meses. O órgão não divulgou orçamentos e lembrou que não pode levar rede de esgoto a áreas de preservação, como a comunidade Nazaré de Lima.
Já a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) diz que não há projetos de habitação para as famílias que vivem às margens das lagoas. Segundo a presidente, Olinda Marques, "não houve manifestação de demanda nesses três anos do Orçamento Participativo (OP) para essas áreas". Ela sugere que as comunidades que engajem na discussão do OP.

E-MAIS
A Lagoa da Parangaba está imprópria para o banho desde o início de seu monitoramento, em agosto de 2006. Já a da Maraponga oscila a balneabilidade: foi própria de agosto de 2006 a janeiro de 2007 e de junho a dezembro de 2007. José Maria Castro atribui a chuva como um dos fatores para a renovação da lagoa.
A chuva também pode aumentar a poluição das lagoas. Castro lembra que o lixo jogado às margens dos mananciais acabam chegando à água no período invernoso.
Moradores de áreas contempladas por rede de esgoto devem ter, obrigatoriamente, ligação regular. Isto é previsto em lei municipal. A Semam informa que "somente parte do entorno" da Lagoa da Parangaba tem rede de esgoto e que já autuou 45 imóveis, nessa área, que estariam despejando dejetos. Eles foram à secretaria prestar defesa e estabelecer prazo para regularização.
Não há previsão para que as lagoas tornem a ser limpas após o fechamento dos esgotos clandestinos, segundo a Semam.
De acordo com Alan Arraes, uma casa de baixo porte produz, diariamente, cerca de 100 litros de esgoto.
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/772078.html


Esse papo tá parecendo uma piada, mas tomara que vingue.

MPF/CE: JUSTIÇA OBRIGA MUNICÍPIO DE FORTALEZA A DESPOLUIR ORLA MARÍTIMA

27/2/2007 17h25
STJ decide que município e Cagece devem regularizar o sistema de escoamento de esgoto para evitar poluição das praias cearenses.
O procurador regional da República no Ceará Francisco de Araújo Macêdo realizará uma reunião com a prefeitura de Fortaleza e a Companhia de Esgoto do estado do Ceará (Cagece) para celebrar um termo de ajustamento de conduta (TAC), determinando prazos e metas para a construção de um sistema de saneamento para frear a poluição das praias do litoral.
O TAC será firmado em virtude de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada pelo ministro Raphael de Barros Monteiro Filho no início de fevereiro, em que obriga o município de Fortaleza e a Cagece de regularizar o sistema de escoamento de esgoto para evitar a poluição das praias. A ação civil pública, do Ministério Público Federal no Ceará, foi proposta em 1987, pelo procurador regional da República Francisco de Araújo Macêdo, titular da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no estado.
"Em 1987, solicitei informações à prefeitura e à Cagece quanto à área englobando a Praia do Caça e Pesca até a Praia da Colônia. Naquela época, eles repassaram os dados sobre um número imenso de ligações clandestinas tanto de hotéis e até de repartições públicas que lançavam esgoto nas galerias pluviais", observa o procurador. Em 1989, o MPF recebeu da prefeitura o comprometimento de um projeto de sanemanto, que não foi apresentado.
Percurso - E assim ao longo desses 20 anos, a ação civil pública percorreu instâncias jurídicas. Na 2ª Vara da Seção Judiciária do Ceará, foi concedida liminar para que o município providenciasse a interligação do sistema de esgoto para impedir o escoamento de dejetos sanitários nas redes de águas pluviais e faixas de praia. A decisão proibia também o escoamento irregular nos locais não dotados de rede coletora de esgoto. Como não foi cumprida, a liminar foi renovada em 2004 sob pena de multa de dez mil reais por dia de atraso.
O município pediu a suspensão da liminar no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em março de 2005, alegando que o cumprimento da decisão causaria grave ofensa à ordem pública. O TRF-5 manteve a decisão da primeira instância e o STJ também fez o mesmo. Na decisão do ministro Barros Monteiro há, como consideração, o fato de o município de Fortaleza contar com um tempo suficiente para planejar e incluir em seus projetos o saneamento determinado.
Ação civil pública n° 000 44711-0
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias-do-site/meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/mpf-ce-justica-obriga-municipio-de-fortaleza-a-despoluir-orla-maritima/


O PAÍS DE CONTRASTES

Clipping
28/09/2006 - Correio Braziliense
Estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância constata que, apesar dos avanços no acesso às redes de água e esgoto, brasileiros ainda sofrem com as desigualdades, principalmente no Norte e no Nordeste

Paloma Oliveto
Da equipe do Correio
O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário melhoraram no Brasil, mas para crianças pobres, negras e moradoras das regiões Norte e Nordeste, saneamento básico ainda é artigo de luxo. Um estudo mundial divulgado hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que, embora o país esteja próximo de alcançar as metas da ONU em relação à sustentabilidade ambiental, as desigualdades sociais e raciais impedem que os avanços nessa área cheguem para todos.
A Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) de 2005 aponta que 82,3% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede geral de água, e 75% a esgotamento sanitário (rede coletora e fossa séptica). No Nordeste, porém, os índices caem bastante em relação à média nacional: a água chega a 73,87% dos lares, e há esgoto para 46,44% dos domicílios, sendo que quase 20% usam fossas.
“A grande questão que precisa ser colocada não é se o Brasil vai ou não alcançar as metas da ONU. O grande problema são as desigualdades muito presentes no país. O acesso à água e ao esgoto depende do lugar onde você nasce e da classe social a qual pertence”, destaca Patrício Fuentes, coordenador do Unicef em Fortaleza (CE). No relatório global Progress for Children (Progresso para Crianças), o Brasil aparece como um dos países da América Latina que mais avança na universalização do saneamento básico, ao mesmo tempo em que se destaca pelas desigualdades.
Segundo o Unicef, 5,33% das crianças e dos adolescentes brasileiros vivem sem água encanada em casa. Do total, 2,59% são brancas, e 7,85% são negras. Em relação ao esgotamento sanitário, 19% dos brasileiros com até 18 anos não têm acesso sequer a fossas sépticas. O percentual entre crianças brancas é menor: 8,47%. “O acesso à água e saneamento é um indicador importante sobre a qualidade de vida das pessoas. A garantia desses direitos também tem impacto direto na prevenção de doenças e na sobreviência e na saúde de crianças e adolescentes”, destaca o texto do relatório.
As desigualdades regionais também são ressaltadas pelo Unicef. Dos quase 6 milhões de crianças e adolescentes que vivem na Região Amazônica, 12,58% não têm água encanada. No Distrito Federal, o índice cai para 0,4%. A coleta de resíduos sólidos chega para 61,46% dos nordestinos, enquanto que, no Sudeste, o percentual é de 88,43%.

Levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) com base nos dados do IBGE mostram que, em 11 estados brasileiros, o acesso ao saneamento é igual ou inferior a países pobres da África, da Ásia e da América Latina. O Mato Grosso do Sul apresenta os piores índices: apenas 16% dos lares contam com serviços básicos de saneamento, percentual idêntico ao da população do Camboja, na Ásia. Em seguida, vem o Tocantins, com 25% de cobertura, uma taxa inferior à da Somália, um dos países mais miseráveis da África.
Alagoas, Goiás, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso, Acre, Bahia e Rondônia são os demais estados brasileiros com menos de 50% de acesso a saneamento básico. Outras 11 unidades da federação têm percentual de acesso inferior à média nacional, que é de 75% (incluindo rede de esgoto e fossas sépticas), sendo que quatro situam-se no Nordeste.
No topo do ranking do saneamento está o Distrito Federal, com cobertura de 94%, a mesma do Uruguai. O estado mais rico do Brasil, São Paulo, tem percentual de 93%, próximo ao do Chile (92%). No Rio de Janeiro (88%), o índice é semelhante ao da Rússia (87%), Santa Catarina tem a mesma taxa da Turquia (83%), e o Rio Grande do Sul (81%) quase iguala-se ao Iraque (80%) no acesso ao saneamento. Nenhum estado chegou perto da Suíça e do Japão, que universalizaram os serviços.
O Pnud também destaca que, no ano passado, a cobertura de serviços de coleta de esgoto regrediu em alguns estados brasileiros, em relação a 2004. O Tocantins teve a pior queda, passando de 29% para 23,7%.
http://www.irohin.org.br/onl/clip.php?sec=clip&id=75


Mais esgoto e lixo nas praias...

PRINCIPAIS PROBLEMAS
Ocupações irregulares e falta de saneamento
A faixa litorânea de Fortaleza tem 43,4 quilômetros, incluindo a orla do Rio Ceará. A primeira direção, no sentido leste-oeste, vai do Rio Ceará ao Porto do Mucuripe, com 19,4 quilômetros. A segunda, noroeste-sudeste, está entre o Serviluz e a foz do Rio Pacoti, com 15 quilômetros.
O Projeto Orla diagnosticou muitos problemas em toda essa extensão. Entre eles, os principais foram: ocupações irregulares, saneamento básico insuficiente (lixo e esgoto) e privatização da praia. As áreas definidas como prioritárias para intervenção foram a Duna da Barra do Ceará, Pirambu, Serviluz e Sabiaguaba. Mas, ao todo, são consideradas todas as cinco unidades de paisagem estabelecidas.
Entre a Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Ceará e o Parque Costa Oeste (antigo Kartódromo), foram identificados, entre outros: poluição (esgoto e lixo), desmonte de dunas, desmatamento e ocupação irregular de APP (duna, manguezal e praia).
Do Parque Costa Oeste ao Mercado de Peixes do Mucuripe foram caracterizados: poluição por esgotos e lixo, descaracterização da paisagem dunar e de falésias por construções irregulares, erosão na linha de praia e ocupação irregular de APP.
Entre o Mercado de Peixes do Mucuripe e o Serviluz: movimentação de areia pela ação dos ventos, privatização da praia, construções irregulares na praia, esgoto, ocupações irregulares em área de risco (Morro do Teixeira) e barcos abandonados na praia.
Do Serviluz à Foz do Rio Cocó existem: poluição visual, sonora, atmosférica, hídrica e do solo, desmonte de dunas, terraplenagem em área de mangue, acúmulo de lixo, adensamento de barracas na faixa de praia, comprometimento das estruturas da ponte inacabada e aterros e ocupações irregulares nas margens do rio.
Do início da Orla da APA da Sabiaguaba à Foz do Rio Pacoti, foram identificadas edificações irregulares (barracas de praia, residências e pousadas), interferência na dinâmica sedimentar e hidrodinâmica do estuário (o que mantém os rios e praias em equilíbrio), desmatamento do manguezal, privatização da praia, formação de vazios urbanos e equipamentos urbanos em APPs.
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/article.php?storyid=2252

Gastos da prefeitura com shows

Até parece legal uma cidade ter grandes shows, gratuitos, com artistas bastante conhecidos nacionalmente, contanto que essa cidade tenha uma qualidade de vida razoável. De que adianta trazer o cantor Roberto Carlos (e outros que já vieram), gastar muito dinheiro, se em Fortaleza falta tudo?!?! Cá pra nós, a cidade de Fortaleza é um lixo, é horrível, não tem estrutura nenhuma. Com esse dinheiro se poderia fazer outras coisas mais importantes e urgentes na cidade, mas parece que boa parte do povo prefere se divertir em uma noite e depois continuar na mesma situação deplorável. Sorte que algumas pessoas raciocinam um pouco melhor.


PREFEITURA ANUNCIA VALOR DO SHOW DE ROBERTO CARLOS: R$ 1 MILHÃO E 891 MIL

No contrato está incluso não só o cachê do artista, mas também toda a produção do show

07/04/2008 19:41
A Prefeitura de Fortaleza divulgou, nesta segunda-feira, os valores da festa “Fortaleza: Como é grande o meu amor por você”, com show de Roberto Carlos, no aterro da Praia de Iracema, no próximo domingo (13), em comemoração ao aniversário da cidade. O valor total do show, segundo a Prefeitura, será de R$ 1.891.000,00. O contrato com Roberto Carlos, após negociação, sairá por R$ 1.341.000,00. A estrutura do evento custará R$ 550.000,00. No contrato com o cantor Roberto Carlos está incluso não só o cachê do artista, mas também toda a produção do show contratado, a saber:

* A apresentação do artista com seus músicos, acompanhantes, técnicos e instrumentos necessários à respectiva performance, diárias de alimentação do artista e demais integrantes da apresentação, cenografia e efeitos visuais que compõem o show contratado;
* Transporte aéreo do artista, por avião particular (jato);
* Transporte aéreo dos músicos e técnicos, e respectivo excesso de bagagens, e o transporte local na cidade;
* Transporte rodoviário dos equipamentos, através de dois caminhões carretas;
* Hospedagem do artista, músicos e técnicos;
* Sonorização e iluminação do palco do Aterro da Praia de Iracema (os equipamentos de som e luz, exigidos contratualmente pelo artista como condição de sua apresentação, com a respectiva estrutura de sonorização, projeto de luz e iluminação, projetor central, dois projetores laterais, equipamentos de vídeo transmissão/projeção);
* Segurança do artista;
* Produção executiva do espetáculo, compreendendo todas as providências relacionadas à apresentação de Roberto Carlos com seus músicos, acompanhantes, técnicos e instrumentos necessários à respectiva performance.

Já na estrutura do evento, está compreendido:
* Palco do artista, frente de Palco e cenografia;
* Camarins;
* Torres de Delay;
* House Mix;
* Torres de segurança;
* Torres de salva vidas;
* Estandes para órgãos públicos, como Guarda Municipal, Polícia Militar, Bombeiros e SAMU;
* Lanches para serem distribuídos para funcionários da SER-II, GMF, PMS, AMC, SAMU, que estarão a serviço do evento;
* Tenda para distribuição de alimentos aos servidores dos órgãos públicos que estarão a serviço do evento;
* UTIs Móveis;
* Geradores de energia;
* Banheiros químicos;
* Rádios de inter-comunicação;
* Circuito fechado de TV.

A Prefeitura informa ainda que, através da empresa produtora do show, continua fazendo contato com a iniciativa privada para financiar a festa. Após encerrada a captação de recursos, será divulgado o valor final arrecadado e quanto poderá sair dos cofres públicos para a realização do aniversário de Fortaleza.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura)
Eliomar de Lima
http://www.opovo.com.br/fortaleza/779160.html


E a politicagem corre solta...
Mas há uma curiosidade - e que curiosidade! Seguinte: se a licitação dos serviços para o show só será feita quarta-feira próxima, dia 9 (o edital está aqui: edital_pp_04_2008_funcet.pdf), como é que o palco e equipamentos complementares já estão sendo montados? A empresa que já está instalando a estrutura no Aterro está assumindo o risco, sabendo que pode perder e ter de desmontar tudo quinta-feira?
Ou tem bola de cristal e sabe que vai ganhar?
http://blogs.diariodonordeste.com.br/roberto/categoria/gestao-publica/page/2/


Comentário de moradores da cidade. Que bom que algumas pessoas percebem que existem mil coisas mais urgentes para gastar tanto dinheiro, mas infelizmente a maior parte acha lindo todos os shows que a prefeita faz e gasta horrores de dinheiro. Parece que alguns preferem se divertir em um show grátis do que receber saneamento básico, calçadas, asfalto nas ruas, melhorias nos hospitais, creches, e tantas outras coisas deficientes.

- O dinheiro que será gasto com o show bem que poderia ser aplicado na praia de Iracema, mas em algo que ficasse servindo a população para sempre. Muitos não poderão assistir e passara como um cometa que ficara apenas na lembrança dos que comparecerem. Existe um espigão na praia que poderia ser urbanizado inclusive com dinheiro doado pela iniciativa privada, como foi feito na rotatoria da Aguanhambi. No espigão poderia-se construir um ambiente com piso de pedras rusticas nativas, bancos de praça, postes com iluminação a moda antiga, quiosques de conveniencia, café, area para acesso aos veleiros que fazem passeio turistico, segurança monitorada por cameras, escadas de concreto para os pescadores amadores, e mais o que o arquiteto urbanista imaginasse. Ficaria para toda população e ainda atrairia o turista. Mas é impressionante como a prefeitura em materia de turismo só sabe fazer shows e varrer a calçada.
Claudio Carneiro

- E agora prefeita? Os postos de saúde permanecem lotados e os ônibus superlotados e sem cumprimento de horários. Qual o próximo show? Madona? Não seria mais responsável resolver primeiro os problemas de Fortaleza? Sobre a declaração do "cumpanheiro" F.Paulo Prado Jr., concordo que a dengue é culpa da população. Assim como a arquibancada foi sabotagem, assim como o escandalo da Finatec é futrica da oposição, assim como o planejamento da prefeita de no máximo seis meses é mentira do jornal O POVO, assim como o lixo nas ruas é culpa do cidadão, assim como as mortes por dengue e desmando administrativo é culpa de Roberto Carlos, pois levou o nosso dinheiro. Só espero depois que não digam que o atraso de Fortaleza é culpa do eleitor.
Antônio Sinfrônio

SHOW DE ROBERTO CARLOS EM FORTALEZA JÁ ESTÁ SENDO DIVULGADO
E os jornais cearenses que circulam neste domingo já estampam uma página com chamada para o show que o cantor Roberto Carlos fará dia 13 próximo, data do aniversário de Fortaleza, no aterro da Praia do Ideal. Polêmicas à parte, por conta de um espetáculo orçado em R$ 2,5 milhões, eis o "Rei" interpretando sucesso que dá nome à apresentação na capital cearense: "Como é grande o meu amor por você".

Comentários no blog do Eliomar de Lima:
Parabéns à atual administração!!!!
Resolvidos que estão os problemas menos importantes ( saúde, médicos do IJF, aumento dos servidores públicos, fornecedores em dia, transporte público e trânsito da cidade devidamente planejados, organizados e fncionando bem, professores felizes e bem pagos, entre outras grandes realizações sociais e administrativas), partimos agora para o circo!
ALEGRIA! VIVA!!!
Vivemos uma cidade bela e embalada ao som dos grandes espetáculos!!!
Parabéns , fortalezense!
Que venha a reeleição!!!
Falta de respeito. Enquanto faz show para engordar o bolso dos amigos, morre gente pela dengue.....Tem nada não, eleição vem aí.
http://eliomardelima.blogspot.com/2008/04/show-de-roberto-carlos-em-fortaleza-j.html


Pelo menos um político concorda que o gasto foi muito elevado para uma cidade que apresenta tantas necessidades básicas.

SHOW DE ROBERTO CARLOS OCUPA PARADA DE DEBATES NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Terça-feira, 15 de Abril de 2008
O deputado estadual Francisco Caminha (PHS) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, para destacar a realização do show do cantor Roberto Carlos, uma promoção da Prefeitura em homenagem aos 282 anos de Fortaleza. Ele classificou o evento como importante para população, afirmando que também é dever dos gestores proporcionar lazer e cultura para o povo. Os eliogos foram endossados pelo petista Artur Bruno, ressaltando que a organização do show foi impecável. Bruno enfatizou o clima de tranqüilidade do show e observou que "se for considerado o preço per capita da realização, pode-se dizer que o gasto da prefeitura foi de R$ 3,00 por pessoa". Já o deputado tucano Osmar Baquit lamentou tanto gasto numa festa, o que se constituiu numa inversão de prioridades. “Enquanto a população está morrendo com a dengue, a Prefeita está fazendo show”, acentuou Baquit. O deputado Ely Aguiar (PSDC) também criticou o evento.
http://eliomardelima.blogspot.com/2008/04/show-de-roberto-carlos-ocupa-parada-de.html


SHOW DE ROBERTO CARLOS

Críticas ao custo da festa de aniversário
04/04/2008
Mais uma vez as promoções festivas da Prefeitura de Fortaleza mobilizaram as discussões da Assembléia Legislativa. Na sessão de ontem os parlamentares criticaram a disposição da prefeita Luizianne Lins (PT) em contratar o cantor Roberto Carlos a um custo de R$ 2,5 milhões, quando a população de Fortaleza está enfrentando diversos problemas, como as vítimas das chuvas e a situação do IJF, que caberiam à gestão municipal a solução.
O deputado Edson Silva (DEM) avisou que vai encaminhar uma representação ao Ministério Público Estadual (MP) solicitando a intervenção da instituição para impedir o gasto. “Esse gasto é um insulto ao povo de Fortaleza e a todos nós”, protestou o democrata. “O Ministério Público tem que agir e embargar esse show”, defendeu o parlamentar.
O democrata também criticou o suposto envolvimento do publicitário Duda Mendonça na promoção da festa. Segundo ele, a parceria pode ir além da promoção do evento, justificando que Mendonça pode ser contratado para fazer a campanha de Luizianne à reeleição, cujo valor seria de R$ 10 milhões, segundo o parlamentar.
O deputado Artur Bruno (PT) ocupou a tribuna para rebater as investidas dos adversários à prefeita Luizianne Lins. “Qual é o problema de se fazer o show”, questionou. “É preciso estimular a auto estima do povo”, argumentou.
Bruno informou também que solicitou a realização de sessão solene na Assembléia pelo transcurso do aniversário de fundação de Fortaleza.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=526190


BELA HIPOCRISIA…

blogdobicho | 15 Abril, 2008
Não sei até onde vai a hipocrisia de parte da população brasileira. Aplaudem o pão e circo como se não houvesse nada melhor para se fazer.
Sobre o Lula, dizem estar fazendo um ótimo governo, vide o bom momento da economia e o “sucesso” do bolsa-família e de programas como o das cotas para negros nas universidades e o PAC.
Pior ainda se fala sobre a “prefeita” de Fortaleza, Luizianne Lins, que no último dia 13 de abril promoveu uma festa para o Aniversário de Fortaleza com show do Roberto Carlos. É impressionante e inacreditável como as pessoas celebram o fato de a prefeitura ter promovido um show que deve ter custado em torno de 1 milhão de reais aos cofres municipais e simplesmente esquecem o caos que vive Fortaleza, com a dengue deixando milhares de pessoas em corredores de hospitais públicos lotados e sem perspectiva nenhuma de atendimento, sem contar com o lixo que a cidade está e o desgoverno da “prefeita”.
Vale lembrar que, em julho do ano passado, o Diário do Nordeste publicou que somente o cachê de Roberto Carlos girava em torno de R$ 500 mil.
Lendo ao jornal “O Povo” pela internet, na matéria entitulada “Luizianne: ‘oposição desesperada’“, ainda me deparo com comentários sem pé e nem cabeça de pessoas que parecem não viver no mundo real, ao “agradecerem” Luizianne Lins por “proporcionar ao povo humilde de Fortaleza essa festa maravilhosa, única na nossa história. Deixe a elite carcumida, corrompida conservadora e ultrapassada espernear de raiva…”. O cidadão ainda tem coragem de dizer que no próximo ano “traremos Julio Iglésias”.

ACORDA INFELIZ!
Enquanto existirem pessoas que insistem na antiga história de “elite”, a prefeita tá tomando champagne em sua “nobre” residência rindo, porque no fundo, ela sabe que existem inúmeros ignorantes (como esse cidadão) que caem no conto do vigário e acham uma glória, um “presente pro povo de quem ama o povo”, esses shows caros…
Fortaleza não é Nova York e nem Londres pra comemorar aniversário ou fazer festa de réveillon com todas as pompas possíveis. O dinheiro investido com essas besteiras deixou de ser utilizado com o necessário, com o urgente. O pobre é quem paga o pato nos corredores do hospital…
E o cidadão que citou a “elite”, o que é? É a própria elite cuspindo no prato que come todo o santo dia… Pergunte pra qualquer necessitado.
Fortaleza e cidade nenhuma precisa de show gratuito (com certeza mais um hiper-faturado pela prefeitura) do Roberto Carlos. Um prato de comida, um atendimento médico de respeito e dignidade seriam bem mais comemorados. Infelizmente, enquanto alguns ignorantes não acordarem pra vida, a cidade de Fortaleza e o resto do Brasil vão continuar sendo a mesma m… de sempre.
E a Fortaleza Bela??? Essa, é uma BELA HIPOCRISIA.
http://blogdobicho.wordpress.com/2008/04/15/bela-hipocrisia/


PREFEITA DE FORTALEZA QUER FAZER SHOW DE R$ 2,5 MI COM ROBERTO CARLOS EM ANO ELEITORAL

KAMILA FERNANDES
da Agência Folha
08/04/2008 - 08h35
No ano em que irá concorrer à reeleição, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), anunciou o show do cantor Roberto Carlos como a principal atração da festa de comemoração dos 282 anos da cidade, no dia 13.
O valor do show não foi divulgado, mas a estimativa, dada pela própria prefeita, é de até R$ 2,5 milhões.
Mesmo que o valor diminua um pouco, como espera a prefeitura, este já será o maior evento feito para celebrar o aniversário da cidade.
O montante supera os valores gastos nas duas últimas festas de Réveillon da cidade. Só para a montagem da estrutura do palco, camarins e banheiros, a prefeitura estima gastar até R$ 776 mil.
O valor foi divulgado em edital para pregão marcado para amanhã, mas que deverá ser suspenso, pelo pouco tempo que resta até a festa.
A assessoria da prefeitura justifica a falta de licitação pela captação de recursos da iniciativa privada, que irá patrocinar o evento.
Adversários da prefeita reclamam de suposto uso político da festa para beneficiar Luizianne nas urnas. A prefeitura nega, alegando que sempre valorizou a data com a realização de festas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u389985.shtml


Acho que o que de melhor a prefeita sabe fazer é shows.

OPOSIÇÃO FECHA CERCO A PREFEITA DE FORTALEZA, ARTICULA CPI E FAZ NOVAS DENÚNCIAS

CARMEN POMPEU
da Folha Online
06/03/2007 - 09h01
O cerco se fecha contra a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), que tenta se explicar como gastou R$ 2,2 milhões na festa de Réveillon da cidade, realizado no aterro da praia de Iracema. Depois da celeuma envolvendo o cachê da cantora Elba Ramalho, principal atração do evento, a petista é acusada agora de desvirtuar a finalidade do contrato de R$ 1,25 milhão envolvendo a prefeitura e o Banco do Brasil, um dos patrocinadores do show.
Segundo vereadores da oposição, os recursos deveriam ser destinados à modernização administrativa da prefeitura e não para a promoção de festas.
A vereadora Nelba Fortaleza (PTB), líder do bloco de oposição à prefeita, aposta na coleta de um número suficiente de assinaturas nesta terça-feira (6) pedindo a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Caso se concretize, será a primeira CPI da gestão de Luizianne, eleita em 2004 contra a vontade da cúpula nacional do PT, que preferiu apoiar o então candidato comunista Inácio Arruda.
Na sexta-feira (2), Luizianne enviou os contratos do Réveillon para Câmara dos Vereadores e TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) e esperava abafar a CPI. Mas, o gesto acabou dando ainda mais munição a seus opositores, que detectaram possíveis irregularidades no patrocínio envolvendo o BB.
O escândalo do Réveillon foi parar na Câmara depois de Luizianne ter declarado no DO, na edição de 29 de dezembro de 2006, que pagou R$ 490 mil para o show da cantora Elba Ramalho, e que a cantora Tânia Mara teria ganho R$ 150 mil. A assessoria das duas cantoras informou que Elba recebeu R$ 100 mil, e Tânia Mara, como tinha interesse em divulgar seu novo CD, cantou de graça.
Luizianne republicou, então, os extratos da contratação da festa no DO, retificando que os R$ 490 mil foram gastos com o show de Elba como todo (despesas com transporte de equipamento e deslocamento e hospedagem de técnicos) e não somente para pagamento de cachê da cantora paraibana.
O vereador Carlos Mesquita (PMDB) acusa ainda a prefeitura de contratar outras bandas, como Muleka Nacional, Forró União, Forró de Dois, Roger e Rogério para apresentações no Réveillon promovido nos bairros periféricos de Fortaleza. E que os contratos com dispensa de licitação não constam no DO. "Onde estão esses contratos?", cobra Mesquita.
Outra suposta irregularidade é com relação aos documentos republicados no DO sobre os shows dos cantores Waldonys, Chico Pessoa, Paulo Façanha e David Duarte, "No DO está como se eles tivessem se apresentado na Praia de Iracema, o que não ocorreu. A Prefeitura poderia ter solucionado isso quando republicou os editais, mas não o fez", diz.

Outro lado
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Fortaleza rebate a denúncia de desvio de finalidade do contrato com o BB, alegando que, no documento assinado com o banco, também estava previsto investimento em eventos culturais.
Informa ainda que o dinheiro foi repassado pelo BB diretamente para a empresa responsável pela organização do Réveillon, a Estrutural Banheiros Químicos e Toldos Ltda. Ou seja, a prefeitura não teria participação nesse repasse. A empresa já foi convocada a prestar esclarecimento sobre o caso, segundo a prefeitura.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u89990.shtml