20 de jan. de 2008

As calçadas de Fortaleza

Relembrando os problemas de caminhar pelas calçadas em Fortaleza, segue parte de uma matéria do jornal Diário do Nordeste do dia 20/01/2008.
Galerias abertas causam acidentes no Centro da cidade
Na Guilherme Rocha: pelo menos cinco galerias estão em estado crítico, quebradas ou totalmente destampadas. Na Rua Liberato Barroso, a situação se repete colocando em risco os transeuntes. A SER II colocou, em dezembro, 22 grelhas de proteção. R$ 300 mil serão investidos em projeto de recuperação.
O simples ato de andar nas ruas do Centro de Fortaleza, muitas vezes, pode se transformar em um grande desafio. Além da movimentação de pessoas e carros, de calçadas tomadas por mercadorias e as poças de água formadas em dias de chuva, os pedestres encontram verdadeiras “crateras” nos calçadões. Percorrer o trajeto das praças do Ferreira à José de Alencar, pela Rua Guilherme Rocha ou Liberato Barroso, “não é fácil”, como comenta o camelô Francisco Rodrigues, 54 anos.
Nas ruas do bairro, muitas das compridas galerias (de 30 cm de largura e 30 cm de profundidade), existentes ao longo do calçadão, estão sem a proteção de ferro ou com estas quebradas. Semi ou totalmente abertos, os buracos causam acidentes e, principalmente, deixam as pessoas que passam por eles preocupadas. O risco de acidente aumenta com as chuvas, uma vez que as calçadas ficam alagadas e as pessoas não conseguem visualizar os buracos existentes.
Acidente
Pela Rua Guilherme Rocha, nos três quarteirões que separam as duas praças do Centro, a equipe do Diário do Nordeste pôde verificar cinco galerias em estado crítico. Com um número menor, a Rua Liberato Barroso não fica atrás, deixando também os pedestres inseguros, com três galerias totalmente danificadas. Há um mês, a promotora de vendas Suelem Teixeira caiu em uma das galerias que está totalmente aberta, enquanto caminhava para o trabalho. “Esse buraco engana. Estava passando, escorreguei e cai dentro dele. Torci meu joelho e, até hoje, sinto fortes dores”, conta a promotora. Já, a vendedora Roberlândia dos Santos, 21 anos, que trabalha em frente a uma galeria aberta, conta que há mais de três meses a proteção de ferro foi retirada e que várias pessoas já caíram no buraco. “Teve um senhor que deu um jeito na coluna ao pisar no buraco e passou horas sentado no banco porque não conseguia se levantar”, lembra. Francisco Marques da Silva, 42 anos, camelô, também tem história para contar sobre acidentes envolvendo pedestres. Ele garante que todos os dias pessoas se acidentam nos buracos. “Têm dias que caem em torno de quatro a cinco pessoas”, declara.