29 de dez. de 2007

Temas variados

- Famílias humildes colocam varal e estendem as roupas para secar nas calçadas, em frente as casas ou no outro lado da rua. Não é no pátio, é na calçada mesmo. Uma pessoa justificou que são famílias que lavam roupa para fora. Mas de qualquer maneira continua sendo muito feio - a aparência - além de que a calçada não é propriedade particular da família que lava as roupas;


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- Uma coisa que chama muito atenção são algumas pessoas que usam manga longa, jaqueta jeans. Infelizmente a foto não ficou nítida porque foi tirada de celular, mas a blusa da moça é de lã, tipo nossas blusas básicas de inverno, e a manga estava puxada para cima (talvez ela tenha percebido que é muito quente em Fortaleza rss). Nunca, mas nunca mesmo, é fresquinho em Fortaleza. Não tem nem explicação usar manga longa. Se fossem pro sul no inverno, morreriam congelados rss. Em 2 anos morando aqui nunca vi fazer menos de 24 graus. Quando é uniforme de trabalho até dá para tentar entender (tentar porque a pessoa poderia tirar o casaco quando sai do trabalho) afinal a pessoa é obrigada a usar a roupa longa, mas essas que usam por escolha própria, em plena tarde de sol... nem tem o que comentar sobre essa loucura rss;
- A primeira mensalidade de cada semestre da faculdade é cobrada um valor fixo, correspondente a 5 disciplinas. Independente do aluno cursar 1 ou as 5, no primeiro mês paga o valor de 5;
- Muitas pessoas deitadas nas calçadas, dormindo nas ruas, em cima dos bancos;
- O salário oferecido na maioria das vagas é um salário mínimo ou até 500 reais. Alguns exigem faculdade e inglês e pagam 600 reais. Poucos pagam mais. É uma exploração;
- Tem um posto de gasolina que aceita cartão de crédito, mas somente para pagar em 2 vezes. Pagar em 1 vez não pode, só em 2. De tão absurdo chega a ser engraçado;
- As pessoas dos caixas dos estabelecimentos perguntam se o cartão é crédito ou débito, daí respondemos que é débito, mas começa a dar erro e o cartão não é aceito. Por que será? A inteligente tava passando crédito, mesmo quando falamos que era débito. Sempre passam como sendo crédito;
- As lojas de móveis sob medida colocam um preço, mas depois de pechinchar, o preço baixa até 35%. Muito chato isso, quase um golpe. Se a pessoa não pechinchar paga bem mais caro;
- Os móveis de cozinha e banheiro são suspensos uns 20 cm do chão, fixados na parede. Muito esquisito, além de perder um bom espaço de balcão;
- É impressionante o número de pessoas com deficiência física, principalmente nos pés e pernas. Muitas pessoas tem o pé virado para trás, tipo de ponta cabeça. Não sei o motivo. Triste isso;
- Uma mulher abaixou a calça e fez coco no meio da rua, em plena avenida cheia de movimento, próximo ao final da Beira-Mar;
- Usam acento, para falar, em quase todas palavras (justificaram que é o regionalismo, como em outros estados falam de outras maneiras). Ex. Fórtaleza. Se chamam de macho ou má. Falam Aié, Ciará, fugão, butão, tumada, tudo que é com O eles falam com U e quando é com E eles falam É;

28 de dez. de 2007

Outras diferenças percebidas

- O algodão-doce é menos da metade do tamanho do sul. A mesma coisa acontece com o xis, salvo o xis do João que é gaúcho e faz o tamanho normal;
- As pizzarias tem em média 15 sabores de pizza nos rodízios, no total, de doces e salgadas, enquanto as do sul tem em média 50 sabores;
- Algumas pizzarias dizem que tem rodízio, mas é necessário a pessoa escolher os sabores que quer, daí eles vão fazer, depois escolhe mais sabores e assim vão fazendo. Tem que ir escolhendo de 2 em 2 sabores;
- Não conhecem sagu rss;
- Os restaurantes não oferecem sobremesa grátis;
- O preço da comida por quilo é anunciado por 100 gramas e não o valor do quilo. Ex. Custa 1,30 - 100g;
- Quase não é vendido churros por aqui, são poucos lugares que é possível encontrar, porém a tapioca redondinha se encontra em qualquer lugar;
- A nata vendida aqui é muito salgada, não dá para comer;
- Erva para o chimarrão também não é fácil encontrar. Alguns supermercados vendem uma erva muito ruim que nem dá para tomar. Existe um local no centro que vende a Vier, se chama Flor de Lotus, fica próximo a Igreja do Carmo. Mas a Tertúlia não se encontra por aqui;
- Não existe picolé de uva da Kibon. Ele não é fabricado no nordeste, porém existe de cajá e outras frutas existentes na região;
- Tem uma padaria que diz que vende pão francês integral, só que o pão é totalmente branco. Chamam de integral só porque tem umas sementinhas de gergelim. Que absurdo. Acho que nem sabem o que é pão integral;
- Existe uma barraca de praia na Beira-Mar que tem baratas e ratos andando em volta das mesas que ficam na rua. Parece que o povo nem se importa com isso, pois as mesas são alugadas até para a virada do ano. Será que não tem medo desses bichos andarem dentro da barraca, por cima das comidas?

E haja paciência...

- Os prestadores de serviços não tem compromisso com horário. Sempre chegam atrasados ou nem aparecem;
- Os serviços são muito mal feitos, salvo raras exceções. Ou fica feio, ou fica torto, ou fica virado;
- Os comerciantes de rua tentam cobrar mais caro de quem tem cara de turista;
- Em todos os locais sempre tem gente pedindo esmola. Na rua, nos restaurantes, dentro de supermercados. As vezes param do lado da mesa que estamos comendo e ficam olhando, esperando, mesmo depois que falamos que não temos dinheiro para ajudar. É muito incômodo;
- Na beira-mar tem muitas pessoas oferecendo serviços dos restaurantes, passeios, visitas aos hotéis... Param as pessoas na calçada e quase não deixam mais andar;
- As pessoas ficam com as portas dos apartamentos abertas, causando bastante barulho no corredor e para dentro dos outros apartamentos. Acho que pensam que o corredor é o pátio da casa;
- As manicures pintam as unhas e depois passam o dedo na ponta da unha, tirando a pontinha do esmalte. Parece que já gastou o esmalte na ponta, parece que já tá velho;
- O povo adora dançar, é só ouvir uma música e algumas pessoas começam se sacudir, dentro de supermercados, restaurantes, lojas... Muito mico;
- Algumas pessoas vão ao supermercado e farmácias somente de roupa de banho, sunga e biquíni e saída de praia e também vão de chinelo havaianas nas pizzarias. Sei que é uma cidade de praia, mas sair para jantar de chinelo!?! O povo é bem despreocupado em relação a roupa, em geral se vestem de maneira bem simples, talvez por causa do calor;
- Quando as pessoas passam no caixa do supermercado, elas colocam as compras na esteira e empurram o carrinho de volta para dentro do mercado, no caminho de quem ta atrás, na fila, em vez de sair do supermercado com o carrinho de compras. E durante as compras largam o carrinho do supermercado bem no meio do corredor, trancando todo corredor (totalmente sem noção);
- Fazem filas nos terminais de ônibus, mas quando o ônibus chega todos se enfiam de uma vez para entrar e conseguir lugar;
- As mulheres usam micro saias, mas é micro mesmo, e algumas sentam com as pernas abertas ou cruzadas estilo homem;
- Marcaram banho para nosso bichinho para 7h30, porém o setor de banho só abre as 8h dããã;

Trânsito e calçadas em Fortaleza

- Os motoristas tem costume de estacionar bem próximo a esquina, ou até mesmo na esquina. Algumas esquinas em vez de ser redondas para fazer a curva, são retas, parece que é de propósito para os carros estacionarem. Mas até onde eu sei não é permitido estacionar próximo as esquinas e muito menos na esquina, literalmente falando;

- Os estabelecimentos costumam fazer seus estacionamentos em cima da calçada, porém deixam um espaço muito pequeno para as pessoas caminharem e algumas vezes nem deixam calçada. No caso dessa videolocadora existe uma pequena calçada, mas o acesso é complicado, sendo mais fácil caminhar na rua mesmo. Geralmente o que se vê são as pessoas caminhando pelo cantinho da rua porque a calçada está cheia de carros em cima. Uma matéria publicada no jornal Diário do Nordeste dia 14/01/2008 comenta a dificuldade enfrentada pelo povo por causa das calçadas. Segue abaixo:
Para que servem as calçadas? Na Rua Solon Pinheiro, no Centro, o pedestre precisa se esforçar para conseguir caminhar. Além de buracos, há batentes e rampas que podem causar acidentes.No calçadão da Avenida Beira-Mar, os pedestres dividem com os ambulantes o espaço para andar. Em Fortaleza, elas são ocupadas para vários fins, quando não estão em péssimo estado. No caso, quem perde é o pedestre. Basta andar pelas ruas de Fortaleza que logo uma pergunta vem à tona: mas, afinal, para quem são as calçadas? Na teoria, prontamente, a resposta “para os pedestres” aparece. Porém, na prática, percebe-se que não é bem assim que as vias se estruturam. Primeiro, para os pedestres poderem trafegar, é preciso que elas tenham uma mínima estrutura física. Pelo menos, um calçamento, a ausência de buracos, desníveis e, claro, um espaço pelo qual a passagem seja possível. Isso mesmo, uma parte para caminhar. Parece absurdo? Pois não é. Na verdade, quando falamos de trânsito livre chegamos a outro problema: a ocupação indevida desse espaço, que deveria ser público e para o público. Não raro, presenciamos, pelos diferentes bairros, o comércio, seja de ambulantes ou não, localizado onde? Nas calçadas. Há, ainda, o fato de às vezes elas se tornarem uma extensão do próprio estabelecimento comercial, sendo ocupada por mesas, cadeiras, churrasqueiras ou, então, funcionando como um verdadeiro estacionamento para carros. Enfim, todos esses casos vão de encontro ao Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza. Por meio dele, os cidadãos deveriam ter resguardado o direito de ir e vir por onde? Novamente, pelas calçadas. E, mais, elas deveriam estar desobstruídas.
Experiências
Ao lançar o tema para os que com freqüência se aventuram pelas vias fortalezenses, logo chega-se a histórias de maus momentos e reclamações desses espaços. O auxiliar de escritório Sérgio Luis Nascimento, 40 anos, por exemplo, não tem lá boas recordações de suas andanças pela cidade, sobretudo pelo Centro. Segundo ele, todos os dias da semana precisa resolver negócios no bairro. Para isso, seu transporte é feito de ônibus ou a pé. Numa dessas vezes, pisou num buraco e torceu o tornozelo, o que o impossibilitou de trabalhar por duas semanas. “Tenho carro, mas ando mais de ônibus. As calçadas deixam muito a desejar, são cheias de buracos. Quando chove, então, é ainda pior porque a rua fica alagada e não temos como ver se há algum pela frente”, critica. Para o auxiliar de escritório, portanto, a solução seria a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) deixá-las planas, sem buracos. Quem também acredita nessa medida é a professora aposentada Cleonice Ferreira, 76 anos. Moradora do bairro Benfica, Cleonice afirma: “ando muito, todos os dias”. Seja para fazer compras ou pagamentos, a aposentada sente-se insegura ao caminhar. Conforme explicou, além do medo comum de ser assaltada ou sofrer agressões, “é horrível passar pelo meio da rua por causa do comércio”. Como desabafou: “Sei que é a forma deles de ganhar a vida, mas podia ser em outros lugares, né?” Cleonice ainda ressalta outros problemas: “Muitas vezes, vejo tanto lixo. Ou uma calçada é mais alta do que a outra, tem muito batente e ladeira, que a gente pode escorregar. A minha irmã já levou duas quedas”, recorda. A cadeirante Valdeliz Forte, 72 anos, aposentada, também não faz elogios à situação em que se encontra as calçadas no bairro que mora, na Aldeota. Por conta de um acidente vascular cerebral (AVC), a aposentada ficou com a mobilidade reduzida. E, sem rampas de acesso ou piso adequado para a cadeira de rodas, ela reclama: “Falto ficar aos pedaços. Queria ter asas para não ter que andar e balançar tanto”.

- Como já foi bastante comentado, estacionar em local proibido é muito comum por aqui. Mas também há essa variação de local: quando a pessoa não quer estacionar na rua porque é proibido, então estaciona em cima da calçada. Simples assim;
- Muitos, muitos mesmo, babacas colocam som alto no carro e ficam andando ou ainda pior, parados, com som de enlouquecer qualquer um. Colocam caixas de som enormes no porta-mala do carro e deixam aberto, como se toda a cidade estivesse interessada (e obrigada) a ouvir o som deles. É muita falta de educação, de bom senso e de respeito com as outras pessoas.

Trânsito: a educação dos motoristas em Fortaleza

- Na Beira-Mar os carros estacionam em vagas a 45º e outros carros estacionam atrás desses carros e deixam o freio de mão solto para os flanelinhas empurrarem os carros conforme a necessidade;

- A vaga é para taxi, mas os carros de passeio sempre ocupam as vagas, principalmente quando é vaga para moto;

- Como todos sabem, é proibido estacionar em cima dessas faixas e linhas amarelas e principalmente faixas de segurança, mas todos os dias é possível encontrar carros nesses pontos;
- Em vários sinais tem pessoas lavando os vidros dos carros para ganhar dinheiro. Nem adianta dizer que não quer porque eles continuam lavando;
- Faixa de segurança alguns chamam de passarela. Escada pequena que usamos dentro de casa todos chamam de cavalete. Cartão de crédito chamam de vencimento.

Mais um pouco sobre o trânsito

- Em vez de colocarem uma placa de proibido dobrar a direita na esquina, eles colocam uma placa de proibido ir reto na rua que dobra. Ou seja, a pessoa só consegue ver que entrou numa rua contra-mão, que não podia dobrar, depois que já dobrou (placa acima da traseira do taxi);
- Os motoristas de ônibus correm muito. É preciso segurar com muita força para não cair. Isso sem falar que eles vão para a pista da esquerda o tempo todo, mesmo que tenham que parar na parada de ônibus logo, menos de uma quadra;
- Dificilmente os motoristas param no sinal atrás da faixa de retenção. Geralmente, em quase todas as vezes, o primeiro da fila para em cima da faixa de segurança. Parece que tem um ímã que puxa eles para frente, pois eles não conseguem parar no lugar certo;
- O asfalto das ruas é de péssima qualidade. Pouco tempo depois de arrumado já cria buraco, principalmente se chover. Os pezinhos das motos criam buracos no asfalto quando tem sol, de tão mole que é;
- Em qualquer lugar sempre tem um flanelinha querendo cuidar do veículo para pedir dinheiro. Os flanelinhas da Beira-Mar sentam em cima das motos e até deitam em cima dos carros que estão estacionados, como se fosse deles. É um absurdo. Mas o pior é que eles mandam os carros que estão estacionado saírem da vaga mesmo que esteja passando carros na rua. Eles nem prestam atenção no trânsito, só ficam fazendo gestos que a pessoa pode sair como se a rua estivesse vazia;
- Existem muitas mobiletes que fazem barulho bastante alto. Andam contra-mão, não usam capacete, fazem tudo errado. Eu nem sabia que ainda existia mobilete. A última vez que tinha visto fazia uns 10 anos, mas aqui é bem comum.

Os motoristas não tem respeito pelas pessoas, pela vida...

- Essa cena se repete todos os dias. Carros estacionados na Beira-Mar, sendo que tem placas de proibido estacionar, no lado esquerdo, na rua inteira;
- Trânsito é um caos. As avenidas tem pouquíssimas passagens para cruzamento ou retorno. Tem que dar voltas enormes para chegar em um local por causa dos canteiros;
- Os motoristas buzinam o dia todo. O sinal ficou amarelo para o outro lado e o motorista já ta buzinando, antes mesmo de abrir o sinal. Se tem um pouco de engarrafamento todos ficam buzinando. Será que eles pensam que as pessoas estão paradas num engarrafamento porque desejam?!? Não dá para perceber que não é possível andar?!? Isso é o que mais chama atenção em Fortaleza: a falta de bom senso;
- Na Beira-Mar os motoristas buzinam e dão sinal de luz pra passar no lado direito em vez de irem pra pista da esquerda. Parece que eles pensam que o lado direito é pra andar rápido e o lado esquerdo é pra andar devagar;
- Os motoristas não dão a mínima para as leis de trânsito. Estacionam em local proibido, estacionam conta-mão, em vagas para deficientes, em cima da faixa de segurança, em cima das calçadas, param no meio da rua para esperar filhos no colégio, cortam a frente de todo mundo o tempo todo. Uma pessoa fez um comentário perguntando se na minha cidade ninguém estaciona em local proibido. Acredito que em qualquer cidade isso pode acontecer algumas vezes, inclusive na minha é claro, mas pode-se dizer que é um caso muito eventual. Já em Fortaleza isso acontece todos os dias, em muitos locais, o dia inteiro, por isso que se torna algo tão diferente.

Sobre a cidade e a falta de estrutura

- Dizem que somente uma praia da capital Fortaleza não é poluída, a praia do Futuro, que lá é possível tomar banho tranquilo, porém no Jornal do Meio Dia do dia 04/01/08 foi falado que essa praia tem muitos pontos de poluição devido aos esgotos que são despejados no mar. Além disso as ondas são muito fortes, é complicado ficar na água. A praia é cheia de barracas, uma ao lado da outra, não tem muito espaço de areia, de praia mesmo, natureza. A pessoa é quase obrigada a ficar em uma barraca e logicamente gastar;
- Quase não existe postos de salva-vidas nas praias. No verão dizem que colocam mais profissionais nas praias, mas só se eles ficam no chão, caminhando pela areia, pois em toda a Praia do Futuro eu só lembro de ter visto 2 casinhas de salva-vidas. E os que ficam na praia próximo a feirinha da beira-mar estão sempre sentados olhando para a rua, curtindo o movimento e não olhando para o mar, como deveriam fazer. Eu imagino que eles estejam ali para cuidar se alguém está se afogando na água e não no asfalto. Aqui não é como no RS que tem uma casinha a cada mais ou menos 200 metros, na praia toda;
- Cidade muito feia, prédios caindo aos pedaços, pintura descascada, velhos, mal cuidados. O Centro então, nem se fala, é uma bagunça, muito feio. Uma pessoa comentou que eu não devo ter reparado como existem prédios de luxo, chiques, pela cidade, mas é exatamente sobre isso que eu falo logo abaixo, sobre o contraste de um prédio luxuoso ao lado de uma casinha caindo aos pedaços;
- Muitas favelinhas em toda parte, até nos bairros mais chiques. É tudo misturado. Mesmo os bairros de classe alta tem casinhas caindo aos pedaços lado a lado com os prédios de luxo, caríssimos. É um contraste impressionante. Alguns dizem que são áreas invadidas e é difícil remover essas famílias (de qualquer maneira é horrível a aparência);
- Tem muita sujeira nas ruas, mas não é culpa dos garis e sim do povo que joga tudo no chão. As vezes as pessoas saem de dentro do restaurante para jogar o copinho de café na calçada. Jogam lixo na rua o tempo todo. Ninguém se dá o trabalho de segurar o lixo até encontrar uma lixeira. Uma pessoa comentou que os garçons recolhem as copinhos no restaurante. Realmente recolhem se as pessoas deixarem o copinho em cima da mesa, mas nesse caso essa pessoa se levantava e ia jogar na calçada. Isso aconteceu umas 4 vezes. Assim não tem garçom que dê conta né (e tem uma lixeira logo abaixo de onde fica o café, portanto também não é culpa do restaurante);

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- Qualquer chuva a cidade fica toda alagada. Alguns pontos levam uns 2 dias para secar (isso se não chover de novo) porque a água não tem para onde escorrer. Tem que secar com o sol. Uma pessoa respondeu que com certeza na minha cidade também tem pontos de alagamento. É claro que tem mesmo, só que essa que é a diferença: alguns pontos. Em Fortaleza toda a cidade fica com muitos pontos de alagamento, desde os bairros mais simples até os mais "chiques", a cidade inteira fica alagada. E outra diferença é que no sul chove uma semana inteira, dia e noite. Aqui chove uma madrugada e de manhã já tem água parada em todo canto;

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- Em vez de asfaltar as ruas com caimento para as laterais e colocar bueiro, eles deixam um trilho sem asfalto, com um buraco de alguns centímetros de largura de um lado ao outro para a água passar no meio, uma valeta literalmente falando;
- Há centenas de casos de dengue e parece que ninguém faz nada, além de campanhas. Parece que o povo não acredita que a doença existe de fato. Uma pessoa justificou que se eu lesse o jornal veria que o Ceará tem um dos melhores combates a doença. Porém, segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará - SESA, em notícia publicada em 01/12/2007, morreram pelo menos 25 pessoas em 2006 e 2007 e mais 26 óbitos que ainda estão sendo investigados se foi por dengue hemorrágica. Além disso a notícia mostra que o número da doença aumentou muito em 2007 em comparação a 2006, de 172 para 278 casos de dengue hemorrágica. A infestação do Aedes Aegypti encontra-se em 90,8% dos municípios cearenses. Ainda segundo a SESA em 2006 foram confirmados 25.569 casos da doença e em 2007, até 30 de novembro, já se acumulam 23.512 confirmações. Quanto a casos notificados, 2007 já supera 2006. São 40.107 contra 39.689. (www.saude.ce.gov.br);
- Tem uma Igreja em cada esquina da cidade (que na verdade é uma sala ou até uma garagem). Até aí tudo bem, cada pessoa pode ter sua crença, mas geralmente os pastores gritam tanto que é possível escutar umas 2 quadras de distância. Ou os fiéis são surdos ou o Deus deles é surdo.

Isso é tudo que se encaixa em Fortaleza Bela

- O Parque do Cocó é um parque ecológico, muito grande. É a maior área verde no meio urbano existente em Fortaleza. É muito bonito, muitas árvores, caranguejos, tem trilhas para caminhar, tem o rio Cocó, quadras esportivas, anfiteatro etc
- Os passageiros dos ônibus sempre se oferecem para segurar bolsas, sacolas, mochilas, de quem ta em pé. Muita gentileza;
- Existe ciclovias em algumas partes da cidade. É muito bom porque não atrapalha o trânsito e ao mesmo tempo proporciona maior segurança para os ciclistas;

- A feirinha da Beira-Mar é uma atração para os turistas. Se encontra de tudo para comprar por ali: roupas, sandálias, bijuterias, quadros, artesanato, bolsa, rede, castanha, biquini etc. Pode ser considerado um local interessante quando não se tem o que fazer, pois é bem localizado (que coisa óbvia rss), é bem seguro, iluminado... bom para dar uma caminhada.
- A temperatura é muito estável, 32 graus durante o dia e 26 graus a noite;
- É possível ir para a praia o ano todo. Sempre é quente, mesmo quando chove;
- Existem muitos restaurantes, para todos os gostos e bolsos;
- Há uma variedade imensa de frutas. Muitas que eu nunca tinha visto ou que custam caro no sul;
- Tomam muita água de coco, que é saudável;
- Tem um rodízio de massas e pizzas que é maravilhoso. O atendimento e ambiente também são muito bons (Pasto e Pizza). Só para comentar, o dono não é cearense, é paulista;
- Existe um local com várias tapioqueiras. Lá existe tapioca de todos os sabores, é uma delícia. Tem enrolada parecida com panqueca e também redondinha só com cobertura;
- Existe um centro cultural chamado Dragão do Mar que é divino, maravilhoso. O local é enorme, tem restaurantes, café, sorveteria, teatro, planetário, exposições, feira de artesanato e grande espaço aberto;

- Existem belas praias, porém fora de Fortaleza (as que eu mais gostei foram Lagoinha e Jericoacoara). Tem passeios de bugui com emoção e de banana boat em Cumbuco, muito legal;
- O sistema dos ônibus é bom porque pode trocar de ônibus pagando somente uma passagem (cópia de Curitiba rss);
- No supermercado, pesam as frutas no caixa. É interessante porque não é necessário parar numa fila para pesar e depois na fila do caixa;
- São realizados muitos shows de bandas de todo o Brasil. Tem para todos os gostos e bolsos, inclusive alguns grátis com bandas famosas;
- Quase todos os apartamentos tem suíte. É muito comum por aqui, mesmo que seja um prédio simples, sem elevador. Muito raro algum não ter;

Foto copiada da internet

- Existe um local que vende roupa com preço bem acessível, se chama Beco da Poeira. Ele até poderia estar na parte Descabela porque o local é feio, apertado, bagunçado e até sufocante, mas é interessante porque reúne em um único local vários vendedores que praticam preços muito semelhantes. É parecido com um galpão cheio de banquinhas, uma colada na outra, com corredores de no máximo 1 metro para caminhar, cheio de roupas penduradas para todos os lados. Além disso não dá para provar as roupas. Mas vale pela facilidade da localização e por encontrar dezenas de bancas de roupas, sapatos, bolsas, tudo no mesmo local.

- O Mercado Central segue um padrão parecido com o Beco da Poeira, porém muito mais organizado. Tem várias lojinhas, uma colada na outra, também cheias de roupas penduradas, mas tem mais espaço principalmente para caminhar. É bem mais tranquilo.