28 de dez. de 2007

Sobre a cidade e a falta de estrutura

- Dizem que somente uma praia da capital Fortaleza não é poluída, a praia do Futuro, que lá é possível tomar banho tranquilo, porém no Jornal do Meio Dia do dia 04/01/08 foi falado que essa praia tem muitos pontos de poluição devido aos esgotos que são despejados no mar. Além disso as ondas são muito fortes, é complicado ficar na água. A praia é cheia de barracas, uma ao lado da outra, não tem muito espaço de areia, de praia mesmo, natureza. A pessoa é quase obrigada a ficar em uma barraca e logicamente gastar;
- Quase não existe postos de salva-vidas nas praias. No verão dizem que colocam mais profissionais nas praias, mas só se eles ficam no chão, caminhando pela areia, pois em toda a Praia do Futuro eu só lembro de ter visto 2 casinhas de salva-vidas. E os que ficam na praia próximo a feirinha da beira-mar estão sempre sentados olhando para a rua, curtindo o movimento e não olhando para o mar, como deveriam fazer. Eu imagino que eles estejam ali para cuidar se alguém está se afogando na água e não no asfalto. Aqui não é como no RS que tem uma casinha a cada mais ou menos 200 metros, na praia toda;
- Cidade muito feia, prédios caindo aos pedaços, pintura descascada, velhos, mal cuidados. O Centro então, nem se fala, é uma bagunça, muito feio. Uma pessoa comentou que eu não devo ter reparado como existem prédios de luxo, chiques, pela cidade, mas é exatamente sobre isso que eu falo logo abaixo, sobre o contraste de um prédio luxuoso ao lado de uma casinha caindo aos pedaços;
- Muitas favelinhas em toda parte, até nos bairros mais chiques. É tudo misturado. Mesmo os bairros de classe alta tem casinhas caindo aos pedaços lado a lado com os prédios de luxo, caríssimos. É um contraste impressionante. Alguns dizem que são áreas invadidas e é difícil remover essas famílias (de qualquer maneira é horrível a aparência);
- Tem muita sujeira nas ruas, mas não é culpa dos garis e sim do povo que joga tudo no chão. As vezes as pessoas saem de dentro do restaurante para jogar o copinho de café na calçada. Jogam lixo na rua o tempo todo. Ninguém se dá o trabalho de segurar o lixo até encontrar uma lixeira. Uma pessoa comentou que os garçons recolhem as copinhos no restaurante. Realmente recolhem se as pessoas deixarem o copinho em cima da mesa, mas nesse caso essa pessoa se levantava e ia jogar na calçada. Isso aconteceu umas 4 vezes. Assim não tem garçom que dê conta né (e tem uma lixeira logo abaixo de onde fica o café, portanto também não é culpa do restaurante);

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- Qualquer chuva a cidade fica toda alagada. Alguns pontos levam uns 2 dias para secar (isso se não chover de novo) porque a água não tem para onde escorrer. Tem que secar com o sol. Uma pessoa respondeu que com certeza na minha cidade também tem pontos de alagamento. É claro que tem mesmo, só que essa que é a diferença: alguns pontos. Em Fortaleza toda a cidade fica com muitos pontos de alagamento, desde os bairros mais simples até os mais "chiques", a cidade inteira fica alagada. E outra diferença é que no sul chove uma semana inteira, dia e noite. Aqui chove uma madrugada e de manhã já tem água parada em todo canto;

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- Em vez de asfaltar as ruas com caimento para as laterais e colocar bueiro, eles deixam um trilho sem asfalto, com um buraco de alguns centímetros de largura de um lado ao outro para a água passar no meio, uma valeta literalmente falando;
- Há centenas de casos de dengue e parece que ninguém faz nada, além de campanhas. Parece que o povo não acredita que a doença existe de fato. Uma pessoa justificou que se eu lesse o jornal veria que o Ceará tem um dos melhores combates a doença. Porém, segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará - SESA, em notícia publicada em 01/12/2007, morreram pelo menos 25 pessoas em 2006 e 2007 e mais 26 óbitos que ainda estão sendo investigados se foi por dengue hemorrágica. Além disso a notícia mostra que o número da doença aumentou muito em 2007 em comparação a 2006, de 172 para 278 casos de dengue hemorrágica. A infestação do Aedes Aegypti encontra-se em 90,8% dos municípios cearenses. Ainda segundo a SESA em 2006 foram confirmados 25.569 casos da doença e em 2007, até 30 de novembro, já se acumulam 23.512 confirmações. Quanto a casos notificados, 2007 já supera 2006. São 40.107 contra 39.689. (www.saude.ce.gov.br);
- Tem uma Igreja em cada esquina da cidade (que na verdade é uma sala ou até uma garagem). Até aí tudo bem, cada pessoa pode ter sua crença, mas geralmente os pastores gritam tanto que é possível escutar umas 2 quadras de distância. Ou os fiéis são surdos ou o Deus deles é surdo.