21 de out. de 2008

Estatísticas de Fortaleza

Pesquisa
FORTALEZA TEM A TERCEIRA PIOR CONDIÇÃO DE MORADIA, DIZ IPEA

O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que pesquisou o acesso da população de dez capitais metropolitanas brasileiras aos serviços de água, esgoto, moradia e saneamento básico.
21 Out 2008 - 19h53min

Um estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado nesta terça-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra o acesso de dez capitais metropolitanas brasileiras a serviços básicos como água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e habitação.
Com relação a Fortaleza, se compararmos com a última pesquisa feita em 1992, verifica-se uma melhora no oferecimento de alguns serviços. Mas a pesquisa mais recente revela que a Capital cearense está abaixo da média nacional em alguns aspectos e deixa a desejar se comparada com outras capitais. Além de Fortaleza, integram a lista da pesquisa as capitais Belém, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.

HABITAÇÃO
Apenas pouco mais da metade dos habitantes, exatamente 52,2% da população da Capital cearense, têm acesso a condições dignas de moradia, colocando Fortaleza em 3° lugar no ranking das piores cidades. A Capital perde apenas para Belém (29,6% da população) e Recife (45,3%).
O estudo apontou ainda o índice de adensamento excessivo, ou seja, a quantidade de pessoas morando juntas no mesmo domicílio. Das famílias brasileiras pesquisadas, 56,3% moram juntas por falta de recursos financeiros. Em Fortaleza, esse índice é de 62,4% e a média de moradores por domicilio é de 9,1, um pouco abaixo da média das cidades metropolitanas da pesquisa, que é de 9,3.

SANEAMENTO
Saneamento: a comunidade Che Guevara está entre os quase 30% que não têm acesso ao esgoto (Foto: Tuno Vieira)

Dentre as cidades apresentadas na pesquisa, Fortaleza ocupa o segundo pior lugar no que se refere ao acesso adequado a água, perdendo apenas para Belém (64,5%). O serviço é oferecido a 88,5% da população. Em relação ao último estudo desse quesito, divulgado em 1992 pela PNAD, o acesso a água potável Fortaleza foi ampliado. Nessa época, os serviços chegavam a apenas 67,8% dos habitantes.
Já o acesso aos serviços de esgoto, o acesso passou de 67,2%, em 1992, para 71,1%, em 2007. Porém, Fortaleza foi considerada a segunda pior no oferecimento do serviço, perdendo apenas para Recife (64,2%).
A coleta de lixo em Fortaleza é a pior dentre as regiões metropolitanas. Dos moradores da capital, 94,6% deles dispõem deste serviço. A média brasileira é de 9% da população.

Redação O POVO Online

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Sinceramente essa reportagem só pode ser piada!!! 1.701?!?! Só na Beira-Mar deve ter quase esse número, imagina na cidade toda!!! Esse dado foi tão absurdo que chegou a ser engraçado.

1.701 PESSOAS MORAM NA RUA

Em fortaleza (16/10/2008)

Jornal Diário do Nordeste


Sem apoio: segundo a Semas, maioria dos moradores de rua rompeu os vínculos familiares (Foto: Miguel Portela)

Número de moradores de rua em Fortaleza diminuiu, se comparado à pesquisa anterior, realizada no ano de 2000

Em Fortaleza, há 1.701 moradores de rua identificados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Isso corresponde a 0,069% da população total da Capital e é um índice superior à média nacional, com proporção de 0,061%. Os dados foram divulgados, ontem, pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), ao apresentar o perfil de moradores de rua de Fortaleza, a partir da Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua. Na Capital, essa iniciativa contou com a parceria do Centro de Atendimento à População de Rua (CAPR), unidade social da Semas.

A apresentação foi feita por Cynthia Studart, coordenadora da Proteção Social Especial da Semas, que fez um comparativo entre os dados nacionais e municipal. Ela ressaltou que o número de moradores de rua identificados em Fortaleza diminuiu, em 300 pessoas, se comparado a pesquisa anterior, realizada no ano de 2000. Na época, foram verificados cerca de 2 mil moradores.

Na pesquisa anterior, foi considerado o público com menos de 18 anos. Enquanto que, na deste ano, que começou em agosto do ano passado e se estendeu até março última, informações que pudessem gerar conflitos nas estatísticas foram evitadas e não coletadas, uma vez que o morador de rua tem um perfil flutuante. Segundo Cyntia, o objetivo não é fazer a retirada desses moradores das ruas. Na sua avaliação, o mais importante é que criar estruturas, especialmente de políticas municipais, que ofereçam condições para que eles levem um vida normal e, na medida do possível, refaçam e fortaleçam os laços familiares.

“O que observamos com essa pesquisa é que a maioria dos moradores de rua tinham vínculos familiares, mas que foram rompidos por algum motivo, tais como envolvimento com drogas, distúrbios psicossomáticos e desemprego”, disse a representante da Secretaria de Assistência Social.

A apresentação fez parte da programação do seminário “Compreensões e Perspectivas para uma Abordagem Cidadã à População de Rua”, organizado pela Semas em parceria com a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

Política intersetorial

Realizado no auditório da Guarda Municipal, o seminário foi uma das ações planejadas pelo grupo de trabalho que vem discutindo uma Política Municipal Intersetorial de Atenção à População de Rua, formado por entidades da sociedade civil que trabalham com esse segmento e representantes do poder público municipal.

O evento contou, ainda, com as presenças do diretor geral da Guarda Municipal, Arimá Rocha; do assessor da Pastoral do Morador de Rua, mantida pela Arquidiocese de Fortaleza, padre Lino Allegri e o tenente-coronel Erivaldo Gomes, coordenador do Ronda do Quarteirão, que esteve representando o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro.

PERFIL

Foram identificadas 1.701 pessoas em situação de rua

Mais da metade (56,3%) das pessoas entrevistadas tem entre 25 e 44 anos

45,4% não concluíram o primeiro grau

53,8% se declararam pardos. Declararam preto 24,8% e brancos 19,8%

66,7% sempre viveram no município em que moram atualmente, (23,4%, vieram de outros estados)

Os principais motivos pelos quais essas pessoas passaram a viver e morar na rua se referem ao alcoolismo e/ou drogas (13%); problemas com familiares (12,9%); e desemprego (12,1%)