4 de mai. de 2008

Lixo nas calçadas e nas ruas

FORTALEZA PERDE EM BELEZA COM DETRITOS DEIXADOS PELA POPULAÇÃO EM RUAS E AVENIDAS DA CAPITAL CEARENSE

DIARIO DO NORDESTE(10/07/2007)
Qualquer um sabe precisar o que é rua ou avenida: vias públicas para circulação urbana, total ou parcialmente ladeada de edificações. Em Fortaleza, a definição vai mais além. Avenidas e ruas da Capital deveriam ser utilizadas, de forma democrática, por pedestres e motoristas. Mas isso está longe de acontecer. Muitas delas estão servindo de depósito para lixo, entulhos e dejetos diversos, tirando a beleza da cidade.
Basta circular pela Capital para conferir os “depósitos”. Crescem na área nobre da cidade ou na periferia, sem distinção. Um exemplo é a Avenida dos Flamboyantes, na Cidade 2000, no cruzamento com a Rua Andrade Furtado. Ali, junto a um terreno colocado à venda, lixo doméstico, entulho de construções e galhos de árvores ocupam o espaço que deveria ser para a passagem de pedestres. O “depósito” já invadiu a rua. O bueiro no cruzamento das vias está completamente tomado pelo lixo.
Para completar, junto à sujeira, o proprietário do Depósito 2000, Marcelo Araújo, resolveu utilizar o espaço para armazenar areia, pedras, barro e outros materiais de construção. Para circular, os pedestres têm que usar o asfalto. Araújo garante que tem autorização do dono do terreno para colocar o material próximo à cerca, já que não existe calçada ali. “O dono do terreno disse que posso usar o espaço enquanto ele não manda construir a calçada. Quando ele for fazer a construção, eu retiro o meu material”, assegura.
Ainda na Avenida Flamboyantes, outros dois pontos começam a despontar como depósitos de entulho e lixo. Um deles fica no cruzamento com a Travessa Maria Isabel.
Outro mau exemplo de utilização da via pública pode ser visto na Rua Jaguaretama, na Aldeota. No trecho junto ao Portão “C” do Ginásio Paulo Sarasate, um verdadeiro monumento à ferrugem ocupa o asfalto e também já serve como depósito de lixo doméstico: um Fusca branco, ano 1976, quase todo amassado, bancos imprestáveis e pneus furados. O proprietário do veículo, Gerardo Ribeiro, assegura que em breve retirará o Fusca da rua, levando o veículo para uma oficina, onde pretende recuperá-lo. Há mais de quatro anos, o veículo permanece estacionado ali, estando tomado pela ferrugem. “Já estou recuperando outro veículo, um Fusca 1969, na oficina. Quando receber, deixarei o Fusca 76 lá”, promete. O Fusca está estacionado em frente à casa da mãe do proprietário. Vizinhos que não querem se identificar para evitar atritos, dizem que o “monumento à ferrugem” enfeia a rua e está servindo como depósito de lixo doméstico.
Indagada sobre a sujeira na Avenida dos Flamboyantes, a Secretaria Executiva Regional (SER II) informou que o proprietário do Depósito 2000 já foi notificado, autuado e multado por uso irregular do espaço público. A reincidência na infração será devidamente apurada. Quanto ao lixo no lugar, a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) foi solicitada a providenciar a limpeza, inclusive do bueiro.
Sobre o veículo enferrujado na Rua Jaguaretama, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) comprometeu-se a enviar equipe ao local para verificar a situação do Fusca 1979. Não está descartada a hipótese de reboque do carro.
http://www.amc.fortaleza.ce.gov.br/modules/news/print.php?storyid=2914


LIXO NAS RUAS E FLAGRANTES DE DESRESPEITO COM A CIDADE

14/02/2008 00:29 Thiago Cafardo da Redação
Vários "depósitos" de lixo estão espalhados pelas vias de Fortaleza. A Prefeitura realiza a limpeza, mas os próprios moradores acabam despejando a sujeira em locais que deveriam servir para a passagem.
Catador é flagrado ao jogar sacos de lixo e entulhos na rua Major Weyne, no Jardim América(Foto: EVILÁZIO BEZERRA)

A placa "É proibido colocar lixo", da Prefeitura de Fortaleza, não é suficiente para evitar que a calçada da rua Carlos Gomes, no bairro José Bonifácio, vire um depósito de lixo. Pneus velhos, cocos, plásticos, concreto e restos de comida acumulam moscas e atrapalham a passagem dos pedestres. "O pessoal vem com carrinho de mão lotado para jogar aqui. São os próprios moradores das ruas próximas que colocam essa sujeira toda", afirma o comerciante Carlos Alberto. "Outro dia jogaram até um cachorro morto", disse. O acúmulo de lixo não é um "privilégio" apenas da Carlos Gomes. Basta uma volta rápida pela cidade para notar que existem vários "depósitos" nas ruas e avenidas de Fortaleza.
Na rua Major Weyne, no Jardim América, a montanha de lixo chega a atrapalhar os veículos que circulam pela via. "Aqui vem lixo de todo canto. Isso aqui é horrível. Junta mosca, rato, barata. Até caranguejo morto colocam aqui", conta o mecânico Pedro Henrique, 49, proprietário de uma oficina a poucos metros do depósito. "A culpa é dos próprios moradores da região", diz ele, garantindo que não contribui para o acúmulo de sujeira. Na própria rua Major Weyne, a equipe do O POVO flagrou dois moradores e um catador de lixo despejando a sujeira na calçada. "Eu sei que não é certo, mas é o local mais próximo da nossa casa", afirma a dona-de-casa Lucilene Lima, que jogou dois sacos de lixo doméstico no local.
A situação é a mesma na avenida Eduardo Girão (do canal), na rua Alberto Magno (altura do número 100), Tenente Benévolo, Costa Barros com Dona Leopoldina, José Bastos, Euzébio de Souza com Domingos Olímpio, entre outras. Na lagoa da Parangaba, nem as duas caçambas colocadas pela Ecofor evitam que o lixo seja despejado no chão da praça. Na rua Franklin Távora, no Centro, a moradora Marly Lima conta que chegou a gastar R$ 100 para comprar um tambor e evitar que o lixo ficasse espalhado na rua.

Falta de educação
A maioria das pessoas culpa a própria falta de educação dos moradores para o acúmulo de lixo na cidade. Eles dizem que a Prefeitura de Fortaleza faz a limpeza sistemática dos locais, mas que acaba não dando conta de tanta sujeira despejada. "Aqui eles limpam todos os dias. Até duas vezes por dia já chegaram a limpar. Mas não adianta", afirma o mecânico Pedro Henrique, da rua Major Weyne. Na rua Carlos Gomes, o comerciante Carlos Alberto conta que o caminhão costume limpar a rua às terças, quintas e sábados.
Segundo Eveline Sousa, presidente da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb), a coleta de lixo é realizada de forma periódica em Fortaleza. "A gente tem uma rota de coleta, mas existem alguns pontos onde a demanda é maior. Mas quando há urgência, deslocamos um carro para o local", explica. Ela diz que a Emlurb promove algumas campanhas para conscientizar a população sobre os perigos do lixo espalhado nas ruas. "Nossa maior preocupação é não deixar acumular por causa das chuvas. Mas a demanda é muito grande", afirma Eveline. Cerca de 3,5 mil toneladas de lixo são recolhidas por dia pelos 120 caminhões coletores que circulam em Fortaleza.
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765644.html


CENAS DO COTIDIANO

14/02/2008 00:29
Assim que recebi a notícia de que faria essa pauta sobre o lixo na cidade, a primeira imagem que veio à minha cabeça foi uma cena que presenciei no domingo à tarde, no caminho de casa até a redação do O POVO. Estava dirigindo tranqüilo pela avenida Luciano Carneiro e parei no sinal da Borges de Melo. Uma caminhonete Hilux parou à minha frente no cruzamento. Para meu espanto, o motorista abriu a janela do carro e jogou uma lata de cerveja vazia no canteiro central da avenida. Respirei fundo e contei até dez para não soltar um palavrão daqueles. Limitei-me a pensar: "Imundo".
Depois comecei a lembrar as outras cenas que já presenciei de falta de educação dos próprios moradores de Fortaleza. E foram muitas. Há uns três anos, vi um homem arremessar um coco verde pela janela do carro. Na mesma época, quando estava em um ônibus da linha Paranjana, flagrei outro homem jogando um lata vazia na avenida Mister Hull. Detalhe: o ônibus estava em cima do viaduto e ele, na maior cara-de-pau, atirou o objeto lá embaixo. Inacreditável!
Enquanto percorríamos alguns bairros da cidade, encontramos vários flagrantes de moradores despejando lixo nas calçadas. Às vezes me pergunto: será que é muito difícil andar com uma sacolinha de lixo no carro? Será que é muito difícil guardar a lata vazia ou o saquinho de biscoito para jogar no lixo do terminal de ônibus?
Não tenho procuração para defender a Prefeitura de Fortaleza - e esse nem é o papel do jornalista. Aliás, acho até que ela tem a sua parcela de culpa. Mas, essas mesmas pessoas que jogam o lixo nas ruas, serão as primeiras a reclamar do Poder Público quando a chuva alagar a cidade. E não venham de dizer que é só na periferia!
Thiago Cafardo. Jornalista e repórter do Núcleo do Cotidiano
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765647.html


MAIS EDUCAÇÃO

14/02/2008 00:29
"Aqui fica cheio de ratos, moscas e outros bichos. Mas o pessoal não aprende que não pode jogar lixo na rua. É muito relaxo, muita falta de educação". O comerciante Luiz José da Costa, de 75, anos, diz que já "cansou" de avisar aos moradores que o canteiro central da avenida Expedicionários não é depósito de lixo. "Estou aqui desde 76 e sempre foi assim". Ele diz que a Prefeitura limpa todos os dias a área, mas que a quantidade de lixo despejada no local é muito grande. "Até folheto educativo já distribuíram aqui, mas não adianta. Se o povo fosse mais educado, o Brasil seria bem melhor", afirma.
http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/765636.html


A CIDADE É NOSSA. O QUE PODEMOS FAZER POR ELA?

Celina Côrte Pinheiro
05/04/2008 00:43
O lixo se acumula nas calçadas tomando o espaço do pedestre.
No último dia 25 de março, tive o prazer de estar presente no evento “Diálogos Urbanos” promovido pelo O POVO. O tema girou em torno das propostas e perspectivas para a cidade de Fortaleza. Discussão rica, inteligente e interessante.
Meu pensamento voou e o resultado vem logo seguir:
Quando penso no lixo que, em bairros considerados nobres, se acumula nas calçadas e nos obriga a caminhar pelo asfalto, colocando nossas vidas em risco;
Quando penso no mau cheiro do lixo que consegue subir até os andares mais elevados dos prédios;
Quando penso na dificuldade de obediência às regras que devem nortear qualquer agrupamento humano;
Quando penso no trânsito indisciplinado e na ocupação desorientada das calçadas...

Pergunto-me em que estado estarão os bairros desprovidos de serviços básicos para a saúde humana e de escolas inteligentes.
Tal qual Marina Colassanti, penso também que a gente se acostuma a tudo, mas não podemos deixar de nos indignar diante desse cenário cruel, em que grassa a violência em todos os níveis. Tratar pessoas humildes como se fossem desprovidas de percepções, sentimentos, é sinal de falta de sensibilidade. O saneamento básico deveria ser possível, se não a todos, pelo menos à maioria dos habitantes desta cidade. Serviços de atenção à saúde, bem equipados, limpos, com profissionais comprometidos e satisfeitos minimizariam a dor de se sentir debilitado, mesmo que provisoriamente. As escolas cercadas por árvores, como salas amplas e bem arejadas despertariam nos alunos a vontade de ir e permanecer. Qualquer tentativa de destruição das escolas seria abortada em seu nascedouro, pois toda comunidade sentiria o dever de zelar por elas. Da mesma forma, imagino as ruas arborizadas, oferecendo sombra aos pedestres; uma pavimentação adequada, tanto nas ruas, quanto nas calçadas e nenhum lixo. Adeus lixinhos e lixões nas calçadas e nos imensos contêineres. Adeus, mau cheiro!
http://www.opovo.com.br/opovo/jornaldoleitor/777925.html


CAMPANHA MOSTRA O LIXO RECOLHIDO NAS RUAS DO CENTRO EM UM DIA

01/11/2006
Nesta quarta-feira, 1º de novembro, às 9 horas, uma pirâmide de lixo foi erguida na Praça do Ferreira, formada por 300 sacos, contendo 70 toneladas de lixo recolhidas em um único dia das ruas do Centro. O objetivo é mostrar à população a quantidade de lixo recolhida do chão durante um turno de trabalho da equipe de limpeza.
A Despedida do Lixo é um reforço às ações de educação ambiental desenvolvidas desde agosto passado e à colocação de 400 lixeiras em locais estratégicos do Centro. Recentemente, nos dias 23, 24 e 25 de outubro, o grupo Terapia do Riso fez apresentações sobre a importância do uso das lixeiras, com ações na Estação João Felipe, nas principais praças do Centro, bem como no terminal Parangaba e nos coletivos com destino ao Centro. Cerca de 10 atores trabalharam com faixas e placas com palavras de ordem para sensibilização.
http://www.guilhermesampaio.com.br/noticias/texto.asp?ID=348


Parece piada, mas em Fortaleza ainda é necessário ensinar as pessoas que o lixo deve ser jogado nas lixeiras. É como se a lixeira fosse um objeto desconhecido, que ninguém sabe para que serve e tem até medo de se aproximar. Talvez pensem que é o bicho-papão.


BENFICA, LIXO QUE ACUMULA E CRISE DE CONVIVÊNCIA

16/02/2008 16:50
Moradores do bairro, conhecido como reduto boêmio de Fortaleza, reclamam do acúmulo de lixo pelas ruas. Outro problema está relacionado à difícil convivência entre alguns moradores e o público que, toda sexta-feira, frequenta a praça da Gentilândia.
Conhecido como um dos bairros mais boêmios de Fortaleza, o Benfica sofre com um problema que atinge a toda a cidade mas que ali se agrava com o número de bares e com a quantidade de pessoas que por lá transitam: a limpeza de ruas, avenidas e praças. Andando pelo bairro e também próximo da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, é praticamente impossível se encontrar lixeiras. O lixo, portanto, acaba no meio fio, atrapalhando a vida de quem mora na área, principalmente em dias de chuva.
A estudante Ana Isabel Cortês, que faz mestrado de história na UFC, diz que fica muito triste ao ver que o bairro onde mora há dois anos cheio de lixo espalhado pelas ruas. "É sujo, não tem limpeza de canteiros e, quando chove, não dá nem para sair de casa, pois o lixo acumula nos bueiros e enche a rua", destaca. Os problemas decorrentes da falta de limpeza são também sentidos na pele. "A quantidade de mosquitos e muriçocas aumenta por causa disso. Já chamei gente para ir lá em casa ver se são mosquitos da dengue que estão entrando. Mas, como vai controlar essa praga se não se limpa a cidade?", questiona.
A limpeza pública também é uma preocupação do ex-vigilante, João Joaquim Oliveira, 64 anos, que mora em frente à lagoa do Mondubim. Segundo ele, a falta de limpeza, corte de mato e dedetização na área traz riscos à saúde da população. "É tão fácil pedir para os órgãos de limpeza vir aqui arrumar isso. Não sei qual a razão de demorar tanto ou de se fazer tão pouco uma coisa básica dessas", diz.
http://www.opovo.com.br/opovo/politica/766328.html


SE ESSA CALÇADA FOSSE MINHA...

Andar nas calçadas de Fortaleza, em áreas nobres ou não, é uma aventura. Buracos, lixo, carros, camelôs, falta de calçamento, desníveis brutais no piso - as irregularidades são imensas. Uma lei obriga cada proprietário a cuidar do calçamento de seu imóvel, mas poucos cumprem suas obrigações, aumentando o caos urbano na nossa Fortaleza.
Parece brincadeira, mas uma piada urbanística européia tornou-se realidade: Londres resistiu bravamente aos ataques dos alemães, mas Fortaleza não agüenta uma chuva de quinze minutos. Logo o trânsito entra em colapso, os bueiros entupidos cospem lixo, as ruas ficam inundadas e o fortalezense volta a repensar o projeto sempre adiado de morar numa cidade tranqüila (pelo menos mais civilizada) do interior. Vamos discutir um problema: a união de áreas ricas e pobres no descaso às calçadas.
Qualquer hora do dia o sofrido pedestre, sem sucesso, procura brechas para percorrer a calçada da Av. Santos Dumont lá no seu início proximo ao cruzamento com a rua Rodrigues Júnior, semeada de pneus para venda em borracheiros e motos estacionadas. Os poucos metros que restam de calçamento obrigam os pedestres a formar uma verdadeira fila indiana. Ao tentar uma ultrapassagem, uma dona de casa é "esmagada" contra um telefone público por um grupo de pessoas. Resolve, então, desafiar carros e motos, arriscando-se na difícil travessia de uma rua lotada de veículos. Seu objetivo é cumprido, mas não sem antes despender certa dose de suor, passos acelerados e algum equilíbrio entre os automóveis pouco solidários à sua aflição.
O relato não se refere a uma experiência exclusiva daquela dona de casa; qualquer pedestre, na maioria das ruas fortalezenses, já passou por isso. Seu desfecho, contudo, pode vir a ser bem mais trágico.
Irregularidades envolvendo calçamentos estão previstas na lei municipal Nº 5.530, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1981.. Basta caminhar alguns metros pelas ruas de qualquer bairro em nossa capital para perceber que a "calçada ideal", moldada pela lei, é praticamente uma utopia. Todos sabem que são "poucos" os passeios que respeitam as condições exigidas. Contudo, ele não titubeia em opinar que a falta de conhecimento das leis agrava o descaso às calçadas.
De fato, muitos desconhecem que a construção e o reparo das calçadas não são responsabilidades somente da prefeitura, mas a fiscalização é. Conforme disposto na mesma lei, "os responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a construir os respectivos passeios na extensão correspondente à sua testada". E mais: o texto determina que esses indivíduos devem zelar, sob pena de multa, pelo "perfeito estado de conservação" de seus calçamentos.
A fiscalização é zero e os fiscais só agem quando há uma denúncia. Cobramos a conscientização. Buracos à parte, os pedestres também são obrigados a concorrer com o exército de ambulantes que lota as ruas do centro de Fortaleza, que junto com automóveis esparramados sobre as calçadas também acabam por asfixiar ainda mais o incauto transeunte. Em nossa cidade, os automóveis estão sendo cada vez mais priorizados, em detrimento dos pedestres. Estamos perdendo nossas calçadas para os veículos. É uma posição política: em primeiro lugar estão os automóveis, em segundo, os pedestres e em terceiro, os deficientes. Se o estado deplorável das calçadas expulsa os pedestres das vias públicas, a posição dos portadores de deficiências físicas é bem mais grave. "Eles estão totalmente afastados do espaço público", comenta Darus, da Abraspe.
No entanto, na avaliação do presidente da Abraspe, mesmo com os rebaixamentos de guia perdem o sentido na medida em que as calçadas não possuem condições de circulação. "Os deficientes só conseguiriam utilizar as guias rebaixadas se descessem de pára-quedas nas calçadas".
http://blogdacidadefortaleza.blogspot.com/2008/01/se-essa-calada-fosse-minha.html


POPULAÇÃO RECLAMA DO LIXO NAS CALÇADAS

18/02/2008 00:29
Daniela Nogueira
Na esquina das ruas Francisco Holanda e Silva Paulet, no Dionísio Torres, há muito lixo acumulado (Foto: RODRIGO CARVALHO/ESPECIAL PARA O POVO)

No bairro Dionísio Torres, na esquina das ruas Francisco Holanda e Silva Paulet, há muito lixo acumulado, que é colocado pela população que mora próximo à área, relata a leitora Tercília Oliveira. Outro problema, diz, são os bueiros do local tapados com cimento, o que dificulta o escoamento de água quando chove. Outro leitor, João Paulo Rodrigues, queixa-se do lixo em outro cruzamento: na rua Padre Mororó com a rua Guilherme Rocha. Ele culpa a população por contribuir com a sujeira no espaço.
Resposta: Uma equipe da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) será enviada aos dois locais para retirar o lixo e fazer uma vistoria para, depois, concluir que procedimento adotar com as áreas. Foi o que informou a assessoria de imprensa da Emlurb. Da Secretaria Executiva Regional (SER) II, responsável pelo bairro Dionísio Torres, a assessora informou que colocou, na pauta de serviço do Distrito de Infra-estrutura, a ida ao local para verificar que tipo de intervenção de concreto está feita. Se for uma boca-de-lobo tapada indevidamente, a ação será desfeita, afirma a assessora.
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/opovonosbairros/766531.html


Postei essa última reportagem só para fazer um comentário.

Quem não mora aqui, não imagina como é engraçado ver essas respostas dos órgãos responsáveis pela manutenção da cidade. Olhar o Jornal do Meio Dia, na TV Globo local, parece mais um programa de humor. Sempre que a população reclama de problemas nas ruas, calçadas, lixo etc, a equipe do jornal entra em contato com o órgão responsável pela área para ver o que, como e quando o problema será solucionado. Aí é que vem a piada. Sempre, mas sempre mesmo, eles respondem que já estavam mesmo verificando a situação, que já estavam mandando uma equipe até o local, que amanhã mesmo iriam até a localidade verificar o problema...
Isso chega a ser ridículo. Parece que estão debochando da cara do povo, fazendo promessas, ou tentando se mostrar eficazes, quando na verdade eles nem estavam planejando a visita no local e não tinham nenhum interesse em tomar alguma providência.
Os apresentadores do jornal, as vezes fazem umas caras engraçadas, tipo dizendo: aham, sei que vocês vão sim, é sempre a mesma promessa... E é lógico que na maioria das vezes eles não vão ao local ou ao menos não resolvem o problema.